Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Evangelina Xavier Gouveia |
Orientador(a): |
Travassos, Cláudia Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4336
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Resumo: |
Esta tese examinou o impacto da dimensão geográfica no acesso aos serviços hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, com base em dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) para o ano de 2000 e, distinguindo padrões relativos aos serviços de uso mais freqüente e aos serviços mais complexos, demonstrou que as desigualdades em relação à acessibilidade geográfica têm efeito expressivo na utilização dos serviços de saúde, comprometendo os ideais de equidade no atendimento. Foram investigadas as redes estabelecidas pelos fluxos de pacientes entre o município de internação e o de sua residência. O arcabouço da rede e os níveis hierárquicos dos municípios que constituem os nós foram definidos pelo método do fluxo dominante, e os fluxos foram classificados para avaliar o grau de interconexão das redes. Foram ajustados modelos aditivos generalizados mistos, utilizando inferência Bayesiana, para avaliar os fatores condicionantes do acesso das populações aos serviços de saúde – oferta dos serviços, distância para o atendimento, e condições sócio–econômicas. Considerando que parâmetros nacionais médios podem esconder diferenças locais importantes, os modelos incorporam também a dimensão espacial. Os serviços de uso mais freqüente estão disponíveis na maior parte do território nacional, e os de maior complexidade concentram-se em poucos locais. As redes do primeiro tipo alcançam quase todos os municípios do país, nas redes de alta complexidade estão desconectados cerca da metade dos municípios brasileiros. Observa-se também uma associação entre melhor cobertura no território e menor desigualdade na distribuição das probabilidades relativas de internação padronizadas por sexo e idade. Para os serviços de uso mais freqüente, a probabilidade de internação aumenta com a disponibilidade de leitos e de atenção básica, e com a capacidade de internação local; diminui quando são maiores as distâncias a percorrer, nos municípios de maior população, e naqueles de renda familiar per capita mais alta. Para os serviços de maior nível de complexidade, representados pela cirurgia de revascularização do miocárdio, a probabilidade de internação aumenta com a disponibilidade de leitos e de consultas em cardiologia, nas regiões mais densamente ocupadas e de mais alta renda familiar, e diminui com o aumento da distância a percorrer. Para os dois tipos de serviços, os padrões da componente espacial apontam tendências divergentes. No modelo referido aos procedimentos mais freqüentes, as alterações introduzidas atuam num sentido compensatório; em relação à cirurgia cardíaca, elas reiteram e aprofundam os efeitos nacionais médios das variáveis explicativas. |