Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Assis, Michelli Cristina Silva de |
Orientador(a): |
Mello, Elza Daniel de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/115584
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Resumo: |
Introdução: A terapia nutricional (TN) em pacientes cirúrgicos é fundamental para o manejo da desnutrição hospitalar, podendo reduzir as complicações pós-operatórias e a ocorrência de desfechos negativos durante a hospitalização. Não há evidências sobre o impacto da TN implementada na prática clínica, como período de jejum pós-operatório (PO) e ingestão de calorias e proteínas, sobre a incidência de infecção e tempo de internação. Objetivo: Verificar o efeito do jejum PO prolongado e da adequada TN sobre infecção e tempo de internação hospitalar. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo realizado em hospital terciário e universitário. Incluiu-se pacientes adultos submetidos à cirurgia eletiva. Excluíram-se aqueles sem condições de submeter-se à avaliação do estado nutricional, admitidos em unidades de cuidados mínimos e de terapia intensiva, com previsão menor ou igual a 72h de internação e para realização de exames. Os dados demográficos e clínicos, as variáveis de exposição e os desfechos de interesse foram coletados por meio dos registros informatizados da assistência. A avaliação do estado nutricional foi realizada na admissão e a cada sete dias até a alta hospitalar ou o óbito. Considerou-se jejum PO prolongado período maior ou igual a 5 dias e internação prolongada quando 1 dia a mais que a média de cada especialidade. O controle de ingestão foi realizado, pelos pesquisadores, seis vezes por semana em formulários específicos do estudo. Considerou-se TN adequada quando ingestão maior ou igual a 75% do prescrito. Realizou-se análise multivariada e um modelo de regressão logística para verificar as associações e ajustar para os fatores de confusão. Resultados: Os resultados demonstraram que 5,6% dos pacientes analisados ficaram em jejum PO prolongado e 16,2% receberam TN adequada. O jejum PO prolongado foi mais freqüente entre os pacientes da especialidade do aparelho digestivo e proctologia. Após ajuste para variáveis de confusão, verificamos que entre pacientes com jejum PO prolongado o risco para infecção é 2,88 vezes maior (IC95%:1,17–7,16) e o risco para internação prolongada é 4,43 vezes maior (IC95%:1,73–11,35). A TN adequada foi fator de proteção, com redução de 36% (RO=0,36; IC95%: 0,15-0,76) do risco de infecção e de 46% (RO=0,46; IC95%: 0,25-0,84) do risco de internação prolongada. Conclusão: O jejum PO prolongado foi fator de risco independente para infecção e internação hospitalar prolongada. A maioria dos pacientes recebeu inadequada TN e aqueles com adequada TN apresentaram redução do risco de infecção e tempo de internação prolongada. |