Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Coelho, Fernanda Hack |
Orientador(a): |
Kopper, Patrícia Maria Poli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/216502
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Resumo: |
Estudos longitudinais avaliando recessão gengival (RG) são escassos na literatura e possuem como característica em comum terem utilizado amostras de conveniência, o que compromete a validade externa de seus resultados. O objetivo deste estudo foi estimar a incidência e a progressão de RG por um período médio de 4 anos e associar a fatores de risco e de prognóstico. Dois artigos são apresentados na tese, um com análises exclusivamente no nível do indivíduo e outro com análises multiníveis. Este trabalho teve início com a constituição de uma amostra representativa da cidade de Porto Alegre, obtida por meio de uma amostragem aleatória proporcional de múltiplos-estágios baseada na renda mensal dos chefes de família. A amostra inicial consistiu-se de 1023 indivíduos (398 homens e 625 mulheres) dentados e 202 desdentados. Após cerca de 4 anos, 407 indivíduos dentados e 7 desdentados (40,5%) participaram novamente. Destes, apenas os que possuíam ao menos 4 dentes foram incluídos nestas análises, gerando uma amostra de 385 indivíduos (131 homens e 254 mulheres). Através de uma entrevista, utilizando um questionário estruturado, foram coletados dados demográficos e comportamentais. O exame clínico foi realizado com o auxílio de uma cadeira dobrável e sob luz artificial por quatro examinadores treinados e calibrados. Cálculo, sangramento gengival e RG foram mensurados em quatro sítios por dente, de todos os dentes permanentes presentes. Do total, 51,5% e 42,8% dos indivíduos tiveram incidência de ≥2 dentes com RG ≥2mm e ≥3mm, respectivamente. A progressão da média de RG foi de 0,70mm. Nas análises multivariáveis pode-se observar que: menor faixa etária, gênero feminino, baixo nível socioeconômico e fumantes expostos a ≥20 packyears tiveram maior risco de incidência de RG; menor faixa etária, baixo nível socioeconômico, sobrepeso e obesidade foram fatores de risco para maior média de progressão de RG. O percentual de sítios com RG ≥1mm aumentou de 42% para 51%. Cálculo, posição da margem gengival no exame basal, tipo de dente, arcada, idade, nível socioeconômico, frequencia de escovação autorreportada e periodontite foram fatores de prognóstico para RG. Tipo de dente, arcada, idade, sexo, nível socioeconômico e periodontite foram associados com incidência de RG. Pode-se concluir que a população estudada possui elevados índices de incidência e progressão de RG. Idade, sexo, nível socioeconômico, fumo e obesidade foram identificados como fatores de risco no nível do indivíduo para o surgimento da RG e/ou afetaram o seu curso e evolução. No nível do sitio e do dente, diferentes variáveis explicaram novos casos de recessão comparando a progressão de recessão já existente. |