Ação da melatonina no coração de ratos com insuficiência cardíaca induzida por isoproterenol : efeitos do hormônio sobre o estresse oxidativo e proteínas inflamatórias e da apoptose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Ramison dos
Orientador(a): Castro, Alexandre Luz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276371
Resumo: A insuficiência cardíaca se caracteriza pela incapacidade do coração em bombear sangue de forma a atender as necessidades metabólicas dos tecidos, ou necessitando de altas pressões de enchimento para fazê-lo. Isso resulta na redução do débito cardíaco, tanto em repouso como em esforço. Sugere-se que a melatonina, hormônio endógeno sintetizado pela conversão inicial do triptofano em serotonina, atue como antioxidante não enzimático, reduzindo o estresse oxidativo, modulando a expressão de outros antioxidantes e de proteínas inflamatórias pós IAM. Este estudo buscou avaliar o efeito protetor da melatonina sobre parâmetros de estresse oxidativo, expressão de proteínas inflamatórias e relacionadas a apoptose, no coração de ratos com IC induzida por isoproterenol. Para isso, ratos Wistar machos (n = 27) (200 ± 50g, 90 dias de idade), obtidos do Biotério Central da UFRGS foram divididos nos seguintes grupos: Controle, Isoproterenol (ISO) e Isoproterenol + melatonina (ISO+M). Isoproterenol (5 mg/kg, injeção subcutânea, por 7 dias) foi utilizado para induzir lesão miocárdica nos ratos. Grupo ISO + M recebeu 10mg/kg/dia de melatonina por 7 dias. Ao término do protocolo, foram realizados exames ecocardiográficos, e após, os animais foram eutanasiados e os órgãos removidos para posteriores análises morfométricas, histológicas e bioquímicas. Foram realizadas as análises de concentrações das espécies reativas totais de oxigênio (EROs), determinação de nitritos, sulfidrilas, peroxidação lipídica (TBARS). Por meio da técnica de Western blot foram determinados níveis de óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) TNF-α, IL-1β e Bax. Dados paramétricos foram analisados pela análise de variância (ANOVA) one-way, seguida do pós-teste de Student-Newman-Keuls, e os dados não paramétricos pelo teste de Kruskal-Wallis, seguido do pós-teste de Dunn. Resultados: ratos ISO apresentaram diminuição dos diâmetros sistólico e diastólico ventricular quando comparados aos animais controles. Nos animais ISO+M esses parâmetros não foram diferentes do grupo controle. Os animais dos grupos ISO e ISO+M apresentaram infiltrado inflamatório com fibrose tanto no VE quanto no VD. A administração de melatonina em ratos ISO + M promoveu aumento nos níveis de nitritos. Comparando os animais ISO + M e controle, não houve diferença nos níveis de nitritos entre esses dois grupos. Enzima eNOS foi avaliada, sendo que os animais ISO + M apresentaram aumento na expressão da eNOS quando comparados com os ratos controle e ISO. Quanto aos parâmetros inflamatórios, animais que receberam melatonina apresentaram redução da expressão de NF-κB, TNF-α, IL-1β. Diante disso, a melatonina apresentou efeitos cardioprotetores no modelo de lesão cardíaca induzida pelo isoproterenol, promovendo aumento da biodisponibilidade do NO e diminuição da expressão de NF-κB e citocinas pró-inflamatórias, resultando em atenuação do remodelamento do VE e do infiltrado inflamatório do VD.