Efeitos da stanniocalcina 1 na viabilidade neuronal em um modelo de isquemia in vitro e em células SH-SY5Y indiferenciadas e diferenciadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Coelho, Bárbara Paranhos
Orientador(a): Schein, Vanessa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/264052
Resumo: A Stanniocalcina 1 (STC1) é um hormônio anti-hipercalcêmico em peixes e, em mamíferos, ela é um hormônio com funções endócrinas, parácrinas e autócrinas. Em mamíferos, a STC1 tem efeitos na regulação da homeostasia celular de cálcio (Ca2+) e fosfato inorgânico, no metabolismo, na diferenciação celular, na apoptose e no câncer. A STC1 também é considerada neuroprotetora por ser observado aumento da sua expressão no encéfalo de ratos após infarto-isquêmico. A isquemia é resultado de uma redução de fluxo sanguíneo aos tecidos. No encéfalo, a isquemia causa morte neuronal devido à incapacidade dos neurônios em manter a demanda de ATP e de conter o acúmulo de Ca2+ intracelular. A privação de oxigênio e glicose (POG) é um modelo de isquemia in vitro muito utilizado em culturas organotípicas de hipocampo. O neuroblastoma é um tumor pediátrico sólido extracranial, o qual possui propensão a diferenciação espontânea ou induzida por agentes farmacológicos como o ácido retinóico (AR). A linhagem celular de neuroblastoma humano SH-SY5Y pode ser mantida em um fenótipo indiferenciado ou pode ser diferenciada para um fenótipo neuronal por tratamento com AR. O objetivo geral desse estudo foi analisar a distribuição de STC1 no hipocampo de ratos em idades diferentes e avaliar os efeitos da STC1 na viabilidade de culturas organotípicas de hipocampo submetidas à POG e em células SH-SY5Y indiferenciadas e diferenciadas com ácido all-trans-retinóico (atAR). Para isso, foram utilizadas as técnicas de imunohistoquímica, análise de marcação celular com iodeto de proídio e Hoechst, Western-blotting para Caspase 3 total e clivada e q-RT-PCR para o RNA mensageiro da stc1 e da caspase3 (casp3). A STC1 possui distribuição celular diferente em ratos de 21 dias de idade em comparação com animais de 6 e 60 dias de vida. A STC1 não protegeu as culturas organotípicas de hipocampo do dano causado pela POG e apresentou efeito neurotóxico nessas culturas. Em células SH-SY5Y diferenciadas, a STC1 apresentou efeito neurotóxico dose- dependente e a morte celular foi provocada por apoptose. Em células SH-SY5Y indiferenciadas, a STC1 também provocou clivagem de Caspase 3, porém não foi observado aumento de morte celular. A diferenciação de SH-SY5Y em neurônios leva ao aumento da expressão de stc1. O tratamento com STC1 humana recombinante não altera a expressão basal de stc1 e de casp3 em SH-SY5Y indiferenciadas ou diferenciadas. Nossos resultados, portanto, demonstram um possível papel da Stanniocalcina no desenvolvimento hipocampal em ratos jovens e um efeito neurotóxico do tratamento com STC1 em culturas organotípicas de hipocampo e em células SH-SY5Y diferenciadas em neurônios.