Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Lerm, Ruth Rejane Perleberg |
Orientador(a): |
Pillar, Analice Dutra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/27046
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Resumo: |
A presente pesquisa busca conhecer os efeitos de sentido provocados por produções culturais contemporâneas que sincretizam as linguagens verbal e não-verbal e desafiam nosso entendimento. Tem como objetivo estudar as relações entre o verbal e o não-verbal e os efeitos de sentido advindos dessas relações em Diário de Bordo, livro de artista de José Bessa. O corpus de análise é constituído de suas vinte pranchas, as capas anterior e posterior e tem como aporte teórico-metodológico a semiótica discursiva. A obra, qualificada como livro de artista e como texto sincrético, é descrita quanto aos seus procedimentos de sincretização, identificando os graus de intimidade entre as expressões envolvidas. Concluiu-se que o estranhamento que causa no enunciatário é, em grande parte, decorrente da ambiguidade, ou seja, da presença/não presença de certos elementos no enunciado que levam a não distinção de um sentido único. Tal processo é provocado pelas relações de coerência e suas variantes entre as expressões das semióticas envolvidas, isto é, em graus que variam de uma simples semelhança entre as expressões verbal e plástica até a superposição total das semióticas a ponto de tornar quase impossível a distinção entre as mesmas. E, como produção contemporânea, seu discurso assenta-se sobre os termos complexo, soma dos opostos, o profeta, ao mesmo tempo humano e divino, e neutro, resultante da união dos subcontrários, o cibernético, nem humano, nem divino, capazes de dar conta da complexidade de nossa sociedade atual. Pretende contribuir com pesquisas sobre leitura de imagens que tenham como objeto de estudo textos verbovisuais, bem como para as reflexões sobre a arte e seu ensino, na medida em que abre o leque de imagens a serem lidas em sala de aula e, ao incluir a semiótica discursiva como possibilidade de leitura de imagens, aponta um referencial teórico e metodológico para professores de arte. |