Letramento funcional em saúde associado ao conhecimento de medicamentos : revisão integrativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Maszlock, Virgínia Petrini
Orientador(a): Amador, Tania Alves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/175150
Resumo: A partir da hipótese de que pessoas leigas, ou seja, “não profissionais” de saúde, apresentam baixo conhecimento sobre medicamentos, o estudo teve por objetivo identificar por meio de uma revisão integrativa as variáveis que interferem no letramento em saúde relacionado ao uso de medicamentos por pacientes atendidos em serviços de saúde. Trata-se de uma revisão integrativa que por definição sintetiza resultados obtidos em pesquisas oferecendo informações amplas sobre um tema, e pode ter diferentes finalidades, como definir conceitos, revisar teorias ou analisar métodos de estudos, permite a inclusão simultânea de pesquisa quase-experimental e experimental e combinando dados de literatura teórica e empírica. Realizada no período de janeiro a abril de 2016, foram utilizadas as bases de dados MEDLINE/PubMed, LILACS, SciELO, Google Acadêmico e BDTD. O levantamento abrangeu publicações nacionais e internacionais, em português, inglês ou espanhol, no intervalo de janeiro/1996-janeiro/2016, usando as palavras chave “health literacy”, “health education”, “medication knowledge”, “patient medication knowledge”, “patient”, “medication”, “education” e “patient*participation”. Os critérios de inclusão foram: idade >18 anos, ambos os sexos, qualquer país ou nível socioeconômico; usar técnicas de medir letramento e os de exclusão: estudos com grupos étnicos e camadas sociais pré-definidos; crianças ou seus cuidadores, gravidez, doenças específicas, etc. Foram identificados 637 estudos e excluídos 609 por diversos motivos, restando 28 na amostra final. Os países com maior número de estudos recuperados foram Estados Unidos, Brasil e Espanha, respectivamente, sendo a maior concentração a partir de 2009. Em relação ao delineamento científico dos estudos: 23 eram de natureza quantitativa, 3 qualitativos e 2 mista (quali-quantitativo). As principais questões sobre medicamentos estudadas foram: relação entre o nível educacional e o letramento funcional em saúde, a relação entre conhecimento de medicamentos, adesão à terapia e intervenções educativas. Sobre os métodos para identificar/avaliar o letramento em saúde o TOFHLA, a sua versão reduzida (S-TOFHLA) e REALM foram usados em dois estudos cada um deles. Em 17 estudos os questionários foram desenvolvidos pelos próprios pesquisadores e em três estudos foi também avaliada a adesão pelo Morisky-Green. A pesquisa de letramento em saúde pode auxiliar em programas sobre o uso racional de medicamento, pois parece existir uma correlação positiva entre letramento funcional em saúde e conhecimento sobre medicamentos, e este conhecimento está positivamente relacionado à adesão à terapia medicamentosa.