Trajetórias da narrativa ítalo-brasileira : 'dove è la cuccagna?'

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Carbonera, Ildo
Orientador(a): Fischer, Luís Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/15306
Resumo: Marcado por fortes tendências para o gênero ensaístico, num intercâmbio constante e instável entre Ficção, História e Experiência Pessoal, o presente estudo tem por base os romances Os Malavoglia (Giovanni Verga), Pai patrão (Gavino Ledda), Vita e Stória de Nanetto Pipetta (Aquiles Bernardi), O quatrilho, A cocanha e A babilônia (José Clemente Pozenato), Juliano Pavolini e A suavidade do vento (Cristovão Tezza), Mamma, son tanto felice, O mundo inimigo e Vista parcial da noite (Luiz Ruffato). O corte epistemológico pode ser representado por duas trajetórias: a) da Itália para a América – Brasil; b) das pequenas comunidades do interior para a cidade grande. No mundo de descendência italiana imigrante, as simulações e as ilusões elaboradas pela Ficção estão mais próximas da Realidade que aquelas proporcionadas por institutos e associações, em seus argumentos e artimanhas para “resgatar as raízes” e “cultivar as tradições”, representadas por eventos como noites italianas, jantares típicos, encontros de famílias e programas radiofônicos. Nos romances, a ausência desses “eventos” é absoluta; não há brindes, nem missas de encomendação e sepultamento. Ao fim e ao cabo, o homem do campo, pós-moderno, descendente dos antigos imigrantes italianos, tornou-se um ser globalizado sem sair de casa.