Entre dominações e apropriações, reproduções e criações, centralidades e periferias : práticas e espaços de representações de jovens do Guajuviras – Canoas/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Gamalho, Nola Patrícia
Orientador(a): Heidrich, Álvaro Luiz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/131155
Resumo: A presente tese tem como objetivo compreender a produção do espaço urbano a partir das práticas e representações de jovens do Bairro Guajuviras, espaço representado como uma periferia do município de Canoas, Região Metropolitana de Porto Alegre. O estudo parte da relação de coprodução entre juventudes e espaço de um bairro popular. Evidencia os conflitos inerentes às disputas representacionais que constituem, de um lado, imaginários urbanos que generalizam essas juventudes como problema e definem o bairro como espaço periférico e, de outro, produção de representações do espaço que reafirmam tanto o local, quanto os/as jovens. As narrativas e experiências desses/as jovens redirecionam as perspectivas teóricas para a compreensão do espaço no rompimento com as dualidades centro-periferia, desconstruindo os estereótipos embasados nas hierarquias sócio-espaciais e orientando para perspectivas que evidenciam as diferenças, aqui acentuadas na elaboração conceitual do bairro popular. Dessa forma, a pesquisa percorre a produção do Guajuviras nos diálogos a partir das teorias da produção do espaço de Henri Lefebvre (2013), as práticas microbianas de Michel de Certeau (2009) e as concepções de ator e agente de Guy Di Méo e Pascal Buléon (2007). As práticas espaciais identificadas nas narrativas dos/as jovens do Guajuviras orientam pelo reconhecimento de práticas de apropriação do espaço urbano no bairro, através das relações de convivência e dos usos de ruas e praças como espaços de permanência e sociabilidade e, nos espaços metropolitanos mais distantes, nas relações de trabalho e comunidades de sentido (BERGER; LUCKMANN, 2004). A relação juventude-espaço revela feições do urbano de coprodução entre espaços e sujeitos através das trajetórias de vida e formas de inserção nas relações sociais do bairro e do espaço metropolitano. Dessa forma, a pesquisa demonstra os processos de produção do espaço através de relações de condicionamentos e transgressões, identifica aspectos e conflitos do urbano através dos quais são indicadas perspectivas para pensar o bairro popular e suas juventudes.