Uma nova causa da “América” : o Mito do Destino Manifesto na formação do nacionalismo norte-americano da Guerra Fria (1947-1991)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Sandro Marques dos
Orientador(a): Avila, Arthur Lima de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/218586
Resumo: Esta dissertação tem por tema a análise da construção do nacionalismo, do sentido da nação e identidade nacional dos Estados Unidos durante o período da Guerra Fria. Mais especificamente, como o Mito do Destino Manifesto, a crença de que os norte-americanos são providencialmente dotados do destino e da missão de expandir a democracia, foi um fator fundamental para essa construção. A percepção de que os Estados Unidos possuem responsabilidade pelo futuro da liberdade e da democracia tem raízes profundas em sua história. Seus antecedentes já podem ser encontrados na colonização britânica, mas é durante a independência dos país que essa crença se torna um mito nacional, parte do repertório de tradições que informam o significado da própria nação. Com o advento da Guerra Fria, esse mito foi mobilizado para explicar a disputa geopolítica entre Estados Unidos e União Soviética como um conflito nacional entre liberdade e tirania. O sistema capitalista seria defendido da ameaça comunista, mas apenas na medida em que essa defesa seria retoricamente investida de uma aura tradicional como uma missão nacional. É aqui que veremos a consolidação do que estaremos chamando de destino manifesto global, a conversão dos problemas mundiais em responsabilidades nacionais dos Estados Unidos. Nessa globalização do seu destino manifesto, o povo estadunidense passou a ver em sua política externa um fator essencial de sua própria identidade nacional, uma característica que, consolidada durante a Guerra Fria, perdura até os nossos dias. Nesse sentido, o objetivo primordial deste estudo é a interpretação crítica da apropriação desse mito pelos discursos e pelas iniciativas políticas dos presidentes norte-americanos da Guerra Fria, particularmente em como ele foi instrumentalizado para moldar o significado dos Estados Unidos como uma nação.