Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Bortolotto, Iranez |
Orientador(a): |
Consiglio, Angelica Rosat |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/97669
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Resumo: |
Introdução: Os efeitos biológicos decorrentes da exposição às radiações ionizantes em altas doses são bem conhecidos. Já os efeitos decorrentes da exposição a baixas doses, como em situação ocupacional, não estão completamente determinados, podendo ser confundidos com a ação de outros agentes, como o estresse. Objetivos: Analisar danos no DNA de linfócitos na equipe de Enfermagem ocupacionalmente exposta à radiação ionizante, podendo ou não estar sob estresse, em um hospital universitário no sul do Brasil. Método: Estudo transversal, do tipo caso-controle, incluiu 79 mulheres de equipes de Enfermagem oriundas das Unidades de Hemodinâmica, Radiologia, Ambulatório e de Internação Obstétrica, e classificadas em 2 grupos: 1_Expostos à radiação ionizante, n=38 (Unidades de Hemodinâmica e Radiologia) e 2_Não Expostos à radiação ionizante, n=41 (Ambulatório e Unidade de Internação Obstétrica). Foram avaliadas as lesões no DNA de linfócitos, concentrações de cortisol salivar, a escala de estresse percebido (escore máximo de 56), o teste de Stroop, o span de dígitos e de palavras. Após a coleta de sangue, o dano no DNA foi analisado usando-se a técnica do ensaio cometa e de micronúcleos (MN). As células foram classificadas de acordo com a freqüência (FD) e índice de danos (ID) baseados no tamanho da cauda do cometa. A concentração de cortisol salivar foi determinada em 3 momentos: ao acordar (Cortzero), 30 minutos após acordar (Cort30), e antes de dormir à noite (CortN). Os dados foram submetidos à ANOVA de uma via e à correlação de Pearson ou Spearman; p < 0,05 foi considerado como estatisticamente significativo. O estudo foi aprovado pelo comitê ético local. Resultados: Não houve diferença significativa para as variáveis ID, FD, MN, Cortzero, Cort30, CortN, Stroop_palavra, Stroop_cor, Stroop_cor/palavra entre os grupos. Mais de 73 % da equipe apresentaram níveis de cortisol salivar acima de 19.7 nmol/L; o escore médio de estresse percebido foi de 23,75 + 7,78. Os níveis de cortisol logo após acordar foram correlacionados positivamente com o desempenho cognitivo medido pelo teste de Stroop [(Stroop_cor: r= +0,224; p = 0,048; Stroop_palavra/cor (r= +0,276; p = 0,014)] e teste e Span de dígitos (r= +0,258; p = 0,022); entretanto, os níveis de cortisol salivar 30 minutos após acordar ou antes de dormir foram inversamente correlacionados com o desempenho cognitivo (Stroop_cor; r = - 0,243; p = 0,032). Conclusões: A exposição ocupacional à radiação ionizante, dentro dos limites da legislação vigente, não aumentou o dano no DNA de linfócitos na amostra estudada da equipe de Enfermagem do HCPA. Isso pode indicar uma conduta adequada de radioproteção, como rotação na equipe, ou efeito de hormese, assim como apontar outros riscos à equipe de Enfermagem além da radiação ionizante. As correlações entre aumento de estresse, redução da cognição e aumento de dano, alertam para as conseqüências do estresse para estes profissionais que lidam com a saúde. |