Impacto da limitação ao fluxo expiratório durante volume corrente em repouso sobre a mecânica respiratória, dispneia e função cardiovascular durante o exercício em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fröhlich, Luiz Felipe
Orientador(a): Berton, Danilo Cortozi, Balzan, Fernanda Machado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188895
Resumo: Introdução: Embora não seja um conceito novo, a presença de limitação do fluxo expiratório (LFE) pelo alinhamento da alça de fluxo-volume corrente (FVc) dentro da máxima alça fluxo-volume derivada de uma manobra de capacidade vital forçada precisa ser melhor avaliada para uma melhor utilidade clínica. Nesse sentido, o presente estudo investigou o impacto da LFE detectada em repouso por essa técnica na mecânica respiratória e na percepção da dispneia durante o exercício em pacientes com DPOC moderada a muito grave. Além disso, nosso objetivo foi investigar se o recrutamento excessivo de músculos expiratórios durante o exercício, na presença de LFE em repouso, afetaria a hiperinsuflação dinâmica e as respostas cardiocirculatórias ao exercício. Métodos: Pacientes com DPOC e controles pareados realizaram o teste de exercício cardiopulmonar incremental até a exaustão. As manobras da capacidade inspiratória (CI) foram medidas em repouso, a cada minuto durante o exercício e no pico do exercício. Pressão esofágica (Pes) e gástrica (Pga) foram continuamente monitoradas. Considerou-se LFE significativo quando > 50% da média das alças de FVc expiradas em repouso atingiram ou excedederam o limite expiratório da alça máxima obtida anteriormente da espirometria. A Pga expiratória (Pga, exp) foi a mais positiva durante a expiração do volume corrente e foi expressa em relação à Pga máxima obtida nas manobras de capacidade vital forçada pré-exercício (Pga, FVC). Um aumento na Pga,exp/Pga,CVF ≥ 15% do repouso ao pico do exercício foi considerado indicativo de recrutamento muscular expiratório “excessivo”. Resultados: Trinta e sete pacientes com DPOC (21 homens, 63,1±9,2 anos, VEF1 = 37±12% do previsto) e 9 indivíduos controles pareados foram incluídos. Apenas seis pacientes com DPOC não apresentaram LFE em repouso. O grupo com LFE mostrou um decréscimo mais pronunciado na CI, atingindo volumes pulmonares críticos mais cedo, onde houve um platô na expansão do volume corrente e um aumento súbito na frequência respiratória e percepção dispneia. Entre os pacientes com DPOC com limitação do fluxo expiratório, metade [16/31 (52%)] apresentou recrutamento excessivo de músculos abdominais sem apresentar diferenças significativas nas respostas metabólicas, circulatórias, ventilatórias e sensoriais durante o exercício. Conclusões: Pacientes com LFE desde o repouso apresentaram pior mecânica respiratória levando a maior percepção da dispneia do que o grupo sem xi LFE e os indivíduos controles. O recrutamento excessivo de músculos expiratórios durante o exercício foi observado exclusivamente em pacientes com LFE e não evitou ou adiou a hiperinsuflação dinâmica nem prejudicou as respostas cardiocirculatórias.