Da crítica à história : Moysés Vellinho e a trama entre a província e a nação 1925 a 1964

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Rodrigues, Mara Cristina de Matos
Orientador(a): Cezar, Temistocles Americo Correa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/8082
Resumo: Esta tese versa sobre as concepções teóricas acerca da história em alguns textos de crítica literária de Moysés Vellinho e no seu ensaio histórico-sociológico Capitania d´El-rei. O estudo da obra desse escritor, no período entre os anos 1925 e 1964, justifica-se por ter sido o autor muito influente em toda uma geração de historiadores e intelectuais autodidatas que produziam conhecimento histórico no Rio Grande do Sul antes da implantação da pesquisa universitária nessa área. A abordagem adotada focaliza o texto, a construção de sentido na narrativa, o tratamento do evento, da estrutura e da temporalidade, articulando-se esses aspectos com o lugar social de produção do conhecimento histórico. O objetivo mais amplo deste trabalho se insere nas investigações que buscam compreender como os historiadores delimitavam seus objetos de estudo, como acionavam provas documentárias, estratégias explicativas e narrativas. Busca-se contribuir para o exame das condições de produção do conhecimento histórico, afastando-se de uma tradição de análise que esteve em voga nos estudos historiográficos da chamada “historiografia crítica” dos anos 1980, que se voltou quase exclusivamente para as relações entre a ideologia política, a posição de classe social e as teses dos historiadores dessa época. Isso implica estabelecer não apenas o quê, mas também como essa historiografia foi construída, considerando a existência de uma articulação entre epistemologia e constrangimentos disciplinares exercidos por parte da comunidade de historiadores e suas instituições, bem como da sociedade englobante (regional e nacional).