Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Cechinel, Angélica Bauer |
Orientador(a): |
Goldani, Luciano Zubaran |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/131211
|
Resumo: |
Introdução: Staphylococcus aureus é um patógeno que causa uma variedade de infecções nosocomiais e comunitárias. Bacteremia por Staphylococcus aureus meticilina resistente (MRSA) está associada com uma elevada morbidade e mortalidade. Alguns autores consideram uma maior taxa de mortalidade em bacteremia por MRSA em comparação aos observados em bacteremia causada por Staphylococcus aureus sensível a meticilina. O uso da vancomicina no tratamento de infecções por MRSA tem estado sobre crescente vigilância nos últimos anos, já que existe uma grande preocupação sobre a redução de sua eficácia no tratamento de pacientes com bacteremia por MRSA. Estudos sugerem que a vancomicina tem atividade reduzida contra infecções por MRSA quando os valores da concentração inibitória mínima (CIM) se aproximam do valor máximo considerável como susceptível. O locus (acessory gene regulator) regula a expressão de vários genes de virulência, de aderência e produção de biofilme, e pode estar envolvido com a diminuição da sensibilidade a vancomicina. O staphylococcal cassette chromosome (SCCmec) carreia o gene mecA que caracteriza o fenótipo clássico de MRSA e confere resistência aos antibióticos β-lactâmicos. Objetivos: Avaliar as CIMs dos antibióticos: vancomicina, por microdiluição em caldo, e daptomicina, linezolida, tigeciclina e quinopristina/dalfopristina e teicoplanina pela metodologia de Etest®; caracterizar o polimorfismo do locus agr e os tipos de SCCmec de isolados de MRSA de pacientes internados em um hospital, terciário e acadêmico, no sul do Brasil. Métodos: Estudo retrospectivo de coorte no qual foram avaliados todos os episódios de bacteremia causada por MRSA nos Centros de Terapia Intensiva (CTIs) durante o período de junho de 2009 a dezembro de 2011. A detecção dos grupos agr (agr tipo I, II, III e IV) e SCCmec (SCCmec I, II, III, IV e V) foi realizada a partir da técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR). Resultados: Foram incluídos no total 21 pacientes. Os isolados de MRSA testados se apresentaram sensíveis a todos os antibióticos testados. O locus agr foi determinado em todos os isolados, sendo que onze pertencem ao grupo agr I (52,4%) e dez ao grupo agr II (27,6%). Já a caracterização dos tipos de SCCmec, não foi possível para onze isolados; para o restante, foi encontrado dois isolados SCCmec tipo I, cinco SCCmec tipo III e três SCCmec tipo IV. Conclusão: Apesar do pequeno número de pacientes e da necessidade de maiores estudos em nosso meio, nossos resultados sugerem que a vancomicina continua a ser a primeira opção de escolha para o tratamento de infecções por MRSA, como recomendado pela Infectious Diseases Society of America. No entanto, a publicação de uma série de estudos sugerindo a susceptibilidade reduzida à vancomicina, mesmo com CIMs próximas ou no ponte de corte, a terapia com vancomicina não seria recomendada a estes pacientes, sendo necessário a avaliação de um novo esquema terapêutico. |