Variações morfológicas do campo de gelo da Ilha Brabant, Antártica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Ahlert, Siclério
Orientador(a): Simões, Jefferson Cardia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10101
Resumo: A morfologia e variação das frentes de geleiras da ilha Brabant, oeste da península Antártica, foram estudadas através do uso de imagens, obtidas pelos satélites LANDSAT 4 e 7 em 1989 e 2001. Esses dados foram complementados por informações espaciais de temáticas ambientais importantes para o conhecimento glaciológico, como a geologia, altimetria, clima e circulação oceânica. A metodologia está baseada na interpretação conjunta desses dados e no mapeamento dos fatores controladores da dinâmica e da morfologia das bacias glaciais delimitadas, utilizando um sistema de informações geográficas. Os limites de 76 bacias glaciais identificadas no campo de gelo que cobrem a ilha são determinados pelo controle estrutural do substrato subglacial, ocorrendo diferenciação morfológica entre as bacias do lado leste e oeste, incrementadas pelas condições climáticas e oceanográficas predominantes em cada lado. No lado oeste, a altitude da linha transiente de neve em 2001 era 250 m, em alguns trechos alcançava 750 m. No lado leste, essa alcança 1.250 metros de altitude. Essa variação é controlada basicamente pela topografia e secundariamente pelas condições climáticas. A área da ilha em 1989 era de 916 km2, dos quais 98,5% recobertos por gelo. No período 1989-2001 ocorreu variação na posição frontal em 23 geleiras, das quais 18 retraíram e 5 avançaram. O balanço dessas variações causou a perda de 2,7 km2 na área da ilha. As maiores retrações ocorreram nas geleiras de maré Rush e 61, cujas frentes retraíram 1.200 e 450 m na sua posição frontal, correspondendo a perda de 1,4 e 0,4 km2, respectivamente.