Estratégias de telemedicina em apoio à qualificação e a orientação do cuidado de pacientes com doenças respiratórias crônicas : RespiraNet

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bastos, Cynthia Goulart Molina
Orientador(a): Harzheim, Erno
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/246193
Resumo: Introdução: as doenças pulmonares crônicas apresentam alta prevalência no Brasil. As condições mais frequentes são asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e sobreposição asma-DPOC. Desde 2011, a atenção farmacêutica disponibiliza fármacos para o manejo oportuno e sem custo direto ao usuário do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS). O efeito da política de acesso aos medicamentos, assim como a disponibilidade de exames diagnósticos e a classificação dos sintomas respiratórios sob a perspectiva da Atenção Primária são informações que podem orientar a qualificação de novas políticas públicas. O objetivo é realizar a análise das informações pré e pós implementação de medicamentos no SUS, através da assistência farmacêutica e avaliar o impacto da espirometria no cenário atual do Rio Grande do Sul, assim como as diferentes estratégias de telemedicina que podem qualificar o atendimento de pessoas com doenças respiratórias. Método: um estudo ecológico descritivo foi conduzido baseado em informações do Departamento de Tecnologia da Informação do SUS (DATASUS). As internações hospitalares de pessoas com 20 anos ou mais, devido a condições respiratórias crônicas, exceto asma, foram analisadas e comparadas considerando o período pré e pós implementação da assistência farmacêutica para doenças respiratórias. Os procedimentos para diagnóstico e manejo de doença respiratória crônica ambulatorial foram avaliados e comparados com a disponibilidade de exames através do projeto RespiraNet do Núcleo Técnico-Científico de Telessaúde do Rio Grande do Sul, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Resultado: após a implementação da assistência farmacêutica a admissão hospitalar reduziu 45% no estado do Rio Grande do Sul. Entretanto, o número de espirometrias com registro no DATASUS é inferior ao número de óbitos anuais. Os dados da tele-espirometria sugerem que, dos pacientes com diagnóstico ou suspeita clínica de DPOC, 25% apresentam função pulmonar preservada, mesmo após intensa capacitação. Conclusão: os dados apresentados mostram o impacto da assistência farmacêutica e da disponibilidade de medicamentos sem custo direto ao usuário, entretanto o número de espirometrias oferecidos no modelo usual não é capaz de garantir a investigação de pacientes suspeitos ou do monitoramento adequado. Considerando que a espirometria é indispensável para o diagnóstico, ela representa uma barreira de acesso que pode atenuar a queda no número de internações por doenças respiratórias crônicas. A avaliação de pacientes por consulta remota, solicitação de exame de espirometria e manejo dos sintomas através de diferentes ferramentas, de monitoramento e adesão, podem ser a estratégia mais custo-efetiva no manejo dessas condições e apoiar o esclarecimentos em relação aos fenótipos existentes e a sua relação com outras doenças crônicas ou infecções virais.