Impacto da implantação de um protocolo de transfusão de hemocomponentes em um hospital terciário do Sul do Brasil através de ferramenta de prescrição eletrônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pithan, Carolina da Fonte
Orientador(a): Polanczyk, Carisi Anne
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/72942
Resumo: Base teórica: Protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas são frequentemente criados para auxiliar na prática clínica. Entretanto, não é incomum que diretrizes publicadas não sejam completamente seguidas, por inúmeros motivos. A adesão a protocolos transfusionais também não é ideal, apesar das últimas evidências na literatura apontarem para um uso cada vez mais restrito e mais racional do sangue; reduzindo a exposição dos pacientes a riscos transfusionais desnecessários. Desenho do estudo e métodos: Foram realizados dois estudos transversais, um antes e outro depois da implementação de um protocolo transfusional institucional através de ferramenta eletrônica vinculada à prescrição médica. Cada um dos períodos analisados foi de 30 dias consecutivos e, após, foram feitas comparações das características demográficas dos pacientes e do grau de adesão ao protocolo transfusional da instituição. Resultados: Foram avaliadas 963 prescrições de hemocomponentes nos dois períodos estudados, a maioria delas de concentrado de hemácias (73,3%), seguido de concentrado de plaquetas (16,5%) e plasma fresco congelado (10,2%). A ferramenta eletrônica foi capaz de aumentar a adesão ao protocolo transfusional de 62,9% em 2011 para 75,9% em 2012 (p<0,0001), seis meses após a implantação da ferramenta eletrônica, especialmente nas especialidades cirúrgicas e medicina interna. O número de transfusões realizadas por paciente teve relação independente com a mortalidade hospitalar, embora a adesão ao protocolo transfusional não tenha demonstrado tal efeito. Conclusões: Intervenções consideradas relativamente simples, como a implementação de uma ferramenta junto à prescrição médica, podem aumentar de forma significativa as taxas de adesão a protocolos institucionais, otimizando recursos e melhorando progressivamente a qualidade assistencial e segurança dos pacientes atendidos. Entretanto, deve ainda ser avaliada a efetividade dessa intervenção a longo prazo e as medidas associadas a boas taxas de adesão ao longo dos anos.