Relações quadrilaterais na América do Sul : alterações na política externa brasileira e Argentina à luz da disputa entre China e Estados Unidos (2000-2020)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Coutinho, Yuri Bravo
Orientador(a): Silva, André Luiz Reis da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/240370
Resumo: A presente pesquisa objetiva avaliar como a política externa do Brasil e a política externa da Argentina relacionaram a inserção internacional do Estado à configuração quadrilateral como parte do reajuste da dinâmica de poder internacional no presente século. O recorte temporal recai sobre a transição de uma geometria triangular das relações internacionais entre Brasil, Argentina e Estados Unidos para uma geometria quadrilateral entre Brasil, Argentina, Estados Unidos e China entre 2001 e 2008. A seguir, demonstra o aprofundamento da relação quadrilateral entre os Estados em dois momentos críticos, pós-2008 e no período de 2016 a 2020, à margem do acirramento da disputa de poder global entre China e Estados Unidos. Para tal, são empregados os procedimentos de revisão bibliográfica, descrição interpretativa dos dados e mapeamento dos casos conforme a metodologia bibliográfica-descritiva. A análise do comportamento dos Estados está ligada à reconstrução dos processos que resultaram da conjunção de variáveis materiais e ideacionais dispostas pelas relações de poder nas esferas política e econômica dos países analisados. Foi possível captar a ideia de que capacidades materiais, ideias e percepções acerca de um contexto específico e à posição de um Estado na hierarquia internacional canalizam as relações interestatais de poder, permitindo distintos comportamentos em busca de interesses nacionais. O aporte teórico da autonomia, desenvolvido por autores sul-americanos, ajuda a compreender a atuação oscilante dos países periféricos no plano internacional e, diante de um novo cenário que dificulta a autonomia tradicional dos Estados nacionais, a autonomia relacional é recobra o sentido original da autonomia desenvolvida entre a década de 1970 e 1980. Observa-se que a relação potênciasperiféricos reproduz constrangimentos na estratégia de busca por autonomia nacional. Os resultados apresentam as modificações na estrutura quadrilateral representadas nas conjunturas pós-2008 e pós-2016.