Angiostrongilose em Cerdocyon thous (graxaim-do-mato) e Lycalopex gymnocercus (graxaim-do-campo) na Região Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Caprioli, Rafaela Albuquerque
Orientador(a): Sonne, Luciana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/238594
Resumo: O gênero Angiostrongylus spp. pertence à família Metastrongyloidea, e possui até o momento 21 espécies diferentes. Angiostrongylus cantonensis e Angiostrongylus vasorum são nematoides que habitam as artérias pulmonares e ventrículo direito dos hospedeiros definitivos. Respectivamente, roedores e carnívoros são os hospedeiros definitivos e caramujos, lesmas e sapos são hospedeiros intermediários. Este estudo foi realizado para descrever as lesões macroscópicas e microscópicas, além identificar as espécies de Angiostrongylus spp. que infectam os carnívoros selvagens do sul do Brasil. No período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017 foram necropsiados 29 carnívoros selvagens, e destes, 16 eram parasitados por Angiostrongylus spp., no qual 15 eram Cerdocyon thous e um Lycalopex gymnocercus. Nos pulmões analisados haviam áreas multifocais de consolidação, de coloração vermelho escura, e em um caso haviam nódulos brancacentos e firmes distribuídos multifocalmente em todos os lobos pulmonares. Em um animal, foi possível observar no tálamo, área focalmente extensa de amolecimento (malacia) com hemorragia. Na histologia havia pneumonia ou broncopneumonia granulomatosa, com variável número de ovos e larvas (L1) em vasos, interstício, espaços alveolares e por vezes em brônquios e bronquíolos com distribuição multifocal, além de nematódeos adultos no interior de vasos. Na lesão encontrada no cérebro observou-se área focalmente extensa de malacia com células gitter, hemorragia, trombose e larva dispersa em meio à lesão. Sete amostras foram identificadas, através de técnicas moleculares, como A. cantonensis (PCR em tempo real para o gene ITS-1) e um foi identificado como A. vasorum (sequenciamento do gene 18S), todas em C. thous. A amostra positiva para A. vasorum apresentou 97% de similaridade com sequencias depositadas no GenBank, o que pode ser uma nova espécie ou subespécie de Angiostrongylus sp., e sugerimos novos estudos. A infecção em L. gymnocercus por Angiostrongylus spp. foi confirmada pela visualização histológica.