Prescrição de antibióticos em periodontia por cirurgiões-dentistas brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Disner, Otilia
Orientador(a): Angst, Patrícia Daniela Melchiors
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/277381
Resumo: Este estudo transversal buscou investigar a prática dos cirurgiões-dentistas brasileiros de diferentes especialidades quanto a prescrição de antibióticos em periodontia. O estudo foi conduzido por meio da aplicação de um questionário online aos dentistas brasileiros. O questionário continha 32 perguntas a respeito de dados gerais sociodemográficos, sobre a prática de prescrição de antibióticos no período pós-procedimento a pacientes sistemicamente saudáveis e sobre condutas a respeito da prescrição desses fármacos. Na análise dos dados, os dentistas foram categorizados conforme a especialidade autorreferida. Responderam ao questionário 1.317 dentistas: 295 clínicos gerais, 148 periodontistas e 874 de demais especialidades. A maioria foram mulheres e residentes na região Sudeste. O tempo médio de formação dos clínicos gerais (10,96±12,2 anos) foi menor comparado aos demais profissionais (~21 anos). As principais situações com indicação de prescrição de antibióticos foram os casos de abscessos periodontais (variando de 64,9 – 68,1%), gengivite (50,7 – 64,6%) e periodontite necrosantes (49,6 – 71,5%) e pericoronarite (52,1 – 67,4%), todos com envolvimento sistêmico associado. Nessas situações, os periodontistas foram os que mais prescreveram em comparação aos demais profissionais, especialmente clínicos gerais. Porém, outras situações/procedimentos nas quais não há indicação de prescrição, de acordo com a literatura científica, foram apontadas, especialmente cirurgias periodontais com osteotomia (36,8 – 46,1%) e com uso de biomateriais (31,9 – 47,2%), nesta sendo maior a prescrição entre os periodontistas. Apenas 11,7%, 7,6% e 12,8% dos clínicos gerais, periodontistas e demais especialistas, respectivamente, apontaram corretamente todas as situações em periodontia com indicação de prescrição. Pode-se concluir que os dentistas brasileiros apresentam falhas na prática de prescrição de antibióticos em periodontia, o que pode estar associado a sobreprescrição desses fármacos. Mesmo periodontistas demonstraram não dominar a prescrição para sua especialidade.