Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Sartori, Lisandra Aparecida Alves |
Orientador(a): |
Coimbra, João Carlos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/38630
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Resumo: |
Estudos recentes têm demonstrado significativas variações na composição da fauna de ostracodes batiais decorrentes de mudanças climáticas. Visando verificar como esses eventos afetaram a ostracofauna batial da bacia de Campos foram analisadas 15 amostras provenientes de um testemunho a pistão recuperado a 1.287 m de lâmina de água. Espécies alóctones e autóctones foram identificadas sendo apenas as últimas estudadas. A idade das amostras foi obtida com base na análise de isótopos estáveis de oxigênio em testas do foraminífero planctônico Globigerinoides ruber, e os resultados comparados com dados do SPECMAP (Spectral Mapping Project). Foram identificadas 50 espécies autóctones distribuídas em 26 gêneros e 17 famílias. Os gêneros Krithe e Cytheropteron foram os mais diversificados (sete e cinco espécies, respectivamente). A família mais diversificada foi Cytheruridae, corroborando outros estudos paleoceanográficos. Foi estabelecida a idade de 42 ka para a base e 200 anos para o topo do testemunho. A análise de agrupamento por similaridade de Jaccard dividiu as amostras em dois grupos separados na amostra 12 (17,3 ka), no limite Holoceno-Último Máximo Glacial. A diversidade oscilou significativamente entre períodos glaciais e interglaciais, sendo menor no primeiro (3,0 nats/ind-1) e maior no último (3,4 nat/ind-1). Foi observado o predomínio de Argilloecia e Cytheropteron durante a deglaciação, Saida no interglacial, Apatihowella no UMG, Krithe no glacial e Macropyxis durante o UMG e glacial. Xestoleberis, por sua vez, ocorreu com diversidade relativamente constante ao longo de todo o testemunho. A distância taxonômica entre as espécies que ocorrem no glacial e interglacial se mostrou dentro dos limites esperados, com pequena proximidade entre os limites superiores e inferiores, respectivamente. A fauna de ostracodes da Bacia de Campos respondeu às variações climáticas ocorridas no Quaternário, o que reforça seu grande potencial como indicadora de mudanças paleoceanográficas. |