A agricultura de Rolador e a concentração produtiva : uma análise dos sistemas de produção de leite

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Tonin, Jeferson
Orientador(a): Wives, Daniela Garcez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/178607
Resumo: A produção de leite é uma das principais atividades geradoras de renda em regiões onde a agricultura familiar ocupa grande parte dos estabelecimentos familiares, como é o caso do município de Rolador-RS. Todavia, o universo de agricultores que produzem leite apresenta certa heterogeneidade e, por conta disso, configura-se diferentes sistemas de produção de leite. Essa diversidade de sistemas de produção de leite influencia de forma diferente a sociedade na qual estão inseridos. Assim, o objetivo desta dissertação é realizar uma análise da agricultura de Rolador com foco na autonomia e na transferência de valor agregado dos sistemas de produção de leite. Para isso, utilizou-se da Teoria dos Sistemas Agrários como base teórica e metodológica. Como resultados, foram identificados dois sistemas de produção de leite com diferenças significativas entre si (Familiar Leite Mecanização Completa – FLMC – e Familiar Leite Mecanização Incompleta – FLMI). O primeiro é caracterizado por uma produção mais intensiva e especializada, enquanto o segundo possui características que o aproximam de uma produção mais extensiva. Além das diferenças técnicas, observou-se o que o FLMI é consideravelmente mais autônomo do que o FLMC, visto que utiliza mais sua própria base de recursos e está menos relacionado com o mercado do insumos e agentes externos. Além disso, tem ocorrido um intenso processo de concentração produtiva, que se traduz no incentivo, por parte das empresas, à sistemas de produção similares ao FLMC. De acordo com os dados deste trabalho, uma política com estas orientações é incoerente com uma noção de desenvolvimento rural baseada num processo equitativo e inclusivo.