Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pessoa, Sarah Regina Nascimento |
Orientador(a): |
Fonseca, Pedro Cezar Dutra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/220420
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Resumo: |
O presente trabalho tem por objetivo realizar uma análise comparativa, à luz da economia institucional, das interpretações de Roberto Simonsen, Caio Prado Júnior e Celso Furtado, no tocante a três temáticas da história econômica do Brasil: i) evolução colonial, ii) formação do Estado nacional, abolição do trabalho servil e imigração; iii) industrialização tardia. Para isto, definiu-se três categorias de análise: mercado, estado e capitalismo. Faz-se uso das do approach teórico institucionalista para discutir tais categorias, fundamentalmente a partir das contribuições de Geoffrey Hodgson e Ha-Joon Chang. A riqueza do método comparativo está na identificação de semelhanças nas interpretações dos autores, bem como no assinalamento das distintas abordagens sobre o mesmo fato histórico. A escolha desses autores se justifica pela originalidade e fecundidade de suas obras. Suas contribuições ao desenvolvimento da historiografia economia brasileira são amplamente reconhecidas. Este estudo visa contribuir com a área de história do pensamento econômico, através da sistematização de suas narrativas. O mérito deste trabalho consiste na junção dessas literaturas. Depreende-se que não se trata de um trabalho inovador na contemplação dos fatos, mas na sua interpretação. Embora com enfoques diferenciados, verificou-se que na visão dos três autores, o mercado interno é relevante para o desenvolvimento do país. Roberto Simonsen, advoga pela industrialização como meio de ampliar a produção e os ganhos, com vistas a expandir o mercado. Caio Prado Júnior argumenta que um mercado interno abastecido com produção nacional é uma condição necessária para se superar o Imperialismo. Celso Furtado destaca a manutenção de um mercado aquecido em período de crise como fundamental para gerar mercado para os produtos industriais brasileiros. A categoria capitalismo foi trabalhada com ênfases distintas por cada autor. A existência do feudalismo no Brasil foi negada por todos, porém somente Caio Prado Júnior apresenta uma contribuição mais nítida sobre esse modo de produção. Da interpretação de Simonsen e Furtado, captou-se apenas a inserção da colonização no quadro de expansão do capitalismo comercial e a identificação dos donatários como capitalistas. Enquanto perdurou o pacto colonial, a lógica do Estado foi de exploração. Os três autores destacam que tal caráter foi nocivo para ambos: metrópole e colônia. Na clássica interpretação de Furtado sobre o processo de industrialização, ele aponta o papel decisivo da política de Vargas, mesmo que de forma inconsciente, em face ao “choque adverso”. Simonsen, como industrial e líder classista, foi um grande defensor do protecionismo e do planejamento. A ausência de políticas direcionadas nos períodos iniciais da industrialização, segundo o autor, representou entraves ao seu desenvolvimento. |