Concepções de sujeito e objeto do conhecimento na obra histórica de Caio Prado Jr.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Zorek, Bruno de Macedo
Orientador(a): Cezar, Temistocles Americo Correa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/13374
Resumo: Nesta dissertação, acompanho as modificações e as permanências nas concepções de sujeito e objeto do conhecimento apresentadas por Caio Prado Jr. em suas obras históricas, em diálogo com as principais inflexões nos campos intelectual e político no Brasil. Do início da década de 1930 até o final da de 1970, período em que Prado Jr. produz sua obra, os campos mencionados sofrem profundas modificações. No caso da produção intelectual, de uma maneira geral, vai-se da “revolução” interpretativa dos anos 30; passa-se pela consolidação de um espaço autônomo de produção científica, resultado da criação de instituições de amparo à pesquisa, do fortalecimento das universidades brasileiras e da incorporação de um “espírito científico” nos ambientes intelectuais; e chega-se a um momento de maior especialização dos saberes, onde as disciplinas tornam mais nítidas suas diferenças entre si, marcado pela proliferação das pós-graduações. Em relação à política, o período também se inicia com uma “revolução”, o golpe que levou Getúlio Vargas à presidência do país. Uma de minhas principais preocupações, neste sentido, foi analisar a relação de Prado Jr. com o Partido Comunista, no qual o autor era militante, e a do Partido com as outras instâncias da política nacional: uma relação historicamente tensa. No PCB, Prado Jr. teve pouco espaço, a não ser de meados da década de 1930 até meados da de 1940, quando então o partido foi posto na ilegalidade. Outros momentos importantes da política nacional, como o suicídio de Vargas e o período populista posterior, são menos enfatizados, por serem períodos em que o autor escreveu pouco ou não escreveu livros de história. O golpe de 1964 é a inflexão mais importante, pois é onde a esquerda nacional se vê desestruturada e Prado Jr. reaparece como historiador e crítico desta esquerda. No entremeio apresentado, a obra de Prado Jr. tem um papel central, pois exerce um impacto decisivo em momentos-chave das histórias política e intelectual brasileiras e uma influência importante na produção intelectual posterior, especialmente a historiográfica. Neste sentido, com a análise de elementos desta obra, meu objetivo é oferecer informações relevantes para a reflexão sobre os fundamentos epistemológicos da escrita da história atual no país.