Comportamento da soja [Glycine Max (l) Merril] sob irrigação em várzeas, no Mato Grosso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Kaiser, Pedro
Orientador(a): Cauduro, Flavio Antonio, Beltrame, Lawson Francisco de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/222625
Resumo: O presente trabalho, conduzido a campo na entressafra de 1986 (junho a novembro), na Fazenda Formosa, Cuiabá-MT, teve como principal objetivo verificar o comportamento e avaliar a possibilidade do cultivo da soja na entressafra sob irrigação em várzeas. Utilizou-se o delineamento experimental de parcelas subdivididas com cinco repetições, com a parcela principal arranjada em delineamento completamente casualizado, usando como material as cultivares Doko, Cristalina, EMGOPA-301 e Tropical. Os níveis de irrigação foram estabelecidos nas parcelas principais e as cultivares nas sub-parcelas. As práticas de manejo usadas foram: sem irrigação (tratamento 01); irrigação por inundação intermitente (banhos) nos estádios de semeadura, segundo nó e floração plena (tratamento 02); e irrigação por inundação intermitente quando o potencial matricial do solo atingia o limite hídrico inferior (LHI) de -0,6 atmosferas (tratamento 03). Constatou-se, por análise estatistica, que entre os tratamentos 02 e 03 as médias do rendimento de grãos, estatura da planta, peso de 100 grãos, número de legumes por unidade de área, número de grãos por unidade de área, número de grãos por legume e a germinãção das quatro cultivares, diferem significativamente ao nível de 5% de probabilidade. Não houve necessidade de analisar o tratamento 01, sem irrigação, porque as sementes de soja não germinaram por falta de umidade no solo e em consequência a cultura não existiu. Verificou-se que o consumo médio de água no tratamento 02 foi de 5,0 mm.dia⁻¹, para um turno de rega de 29,5 dias com três irrigações, e de 5,6 mm.dia⁻¹, para um turno de rega de 18,5 dias, com cinco irrigações, no tratamento 03. Dentre o material usado, a cultivar Tropical no tratamento 03 foi a que apresentou a maior eficiência do uso total da água por lâmina aplicada, ou seja, 3,71 kg.ha⁻¹.mm⁻¹. Estudou-se o benefício econômico da irrigação e constatou-se que no tratamento 02 as quatro cultivares apresentaram um retorno líquido negativo, sendo inviável o seu cultivo sob irrigaçao em várzeas. No tratamento 03, apenas a cultivar Tropical apresentou retorno líquido positivo e alta viabilidade de cultivo.