Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Bitencourt, Renata Riffel |
Orientador(a): |
Pilotto, Luciane Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/278652
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Resumo: |
A partir do contexto de vulnerabilidade social que as comunidades periféricas apresentam, agravadas pela situação de pandemia de covid-19, este trabalho teve por objetivo costurar novas possibilidades com o movimento comunitário da Grande Cruzeiro, em Porto Alegre, por meio da educação popular e do fazer coletivo durante a pandemia de covid-19. O trabalho foi desenvolvido com metodologia qualitativa e se utilizou de grupos focais com roteiro semi-estruturado e do diário de campo para a compreensão dos desafios e possibilidades encontradas na Grande Cruzeiro. Foram realizados três grupos focais, transcritos e analisados por meio da Análise Temática de Conteúdo (AC). Nos resultados e discussão surgiram cinco categorias a partir da análise dos grupos. Ficou evidenciada a força das mulheres periféricas como protagonistas na base do movimento comunitário; a escassez de dispositivos sociais nas comunidades; as diferentes formas de violência que os territórios estão expostos, o genocídio da população periférica ampliado pela covid-19 e a necessidade de fortalecer o trabalho de base para o enfrentamento de todas as opressões. Ao participarmos das tarefas usualmente desenvolvidas pelas mulheres, na cozinha e na costura, foi possível agir, através da educação popular, na perspectiva de construção conjunta do pensamento crítico-reflexivo como forma de resistência à dura realidade e criação de possibilidades para a transformação social. No campo da Saúde Coletiva ressalta-se a relevância dos movimentos comunitários e do fazer coletivo no fortalecimento dos dispositivos de saúde de cada território e na luta pela garantia dos direitos básicos dos cidadãos. Como considerações finais evidenciou-se a força e a luta do movimento comunitário da Grande Cruzeiro na criação de seus inéditos viáveis para sobrevivência diária. Estar junto a comunidade e construir COM ela novas possibilidades proporcionou costurar uma colcha de retalhos repleta de ações que levam às micro revoluções cotidianas incluindo os mutirões, distribuição de marmitas e cestas básicas, reflexão e ações acerca do desgoverno nacional até 2022, curso de corte e costura, confecção e distribuição de máscaras de proteção, construção de redes de apoio e cuidado feminino, com afeto, acolhimento e esperança. O povo segue caminhando e nós seguimos lá também. De diferentes formas, mas seguimos juntos. |