A experiência de compartilhar a guarda dos filhos : desafios, possibilidades e realidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Staudt, Ana Cristina Pontello
Orientador(a): Wagner, Adriana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202725
Resumo: A presente tese buscou responder ao seguinte problema de pesquisa: Quais os desafios e as possibilidades do arranjo de guarda compartilhada na experiência das famílias após o divórcio? A fim de responder essa questão, foram realizados três estudos, assim delineados: O primeiro trata-se de uma revisão integrativa da literatura nacional e internacional acerca da guarda compartilhada. Os demais se utilizam de análises qualitativas das experiências relatadas por pais e mães que vivem esse arranjo. No primeiro estudo, identificou-se que os artigos encontrados, na sua maioria, apontam diversos benefícios da modalidade da guarda compartilhada para o sistema familiar, visto que, dentre outros aspectos, favorece uma maior convivência dos filhos com ambos os pais. Dificuldades também foram identificadas, principalmente no que tange à existência de conflito entre os genitores e às implicações das relações de gênero nesse processo. Com base nesses achados, optou-se por realizar o segundo estudo investigando a experiência de coparentalidade dos ex-cônjuges. Identificouse que, ainda que as relações entre os pais possam se modificar ao longo do tempo, o conflito deve ser considerado como um fator de fragilidade para o arranjo, suscetível a perpetuação do sofrimento familiar, sendo necessário investimento pessoal dos ex-cônjuges, assim como medidas de fortalecimento da relação coparental. Por fim, o terceiro estudo buscou verificar como a guarda compartilhada, quando solicitada pelo pai, reverbera na funcionalidade dessa modalidade. Para isso, considerou-se como a parentalidade e seus papéis são percebidos pelas mães nessa dinâmica, e suas implicações na vivência da guarda. Observou-se que as motivações e desejos envolvidos nem sempre consideram o melhor interesse da criança e estão atravessados por demais demandas dos genitores. Tais constatações apontam para a necessidade de uma normatização do arranjo adequada às particularidades e idiossincrasias de cada família, visto que a guarda compartilhada, ainda que entendida como possibilidade importante nos arranjos pós-divórcio, nem sempre se mostra como a modalidade mais indicada para todas as famílias, indicando a necessidade de uma análise multifatorial de cada caso.