Três ensaios sobre mudança estrutural e desempenho econômico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lazzari, Martinho Roberto
Orientador(a): Dathein, Ricardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/196456
Resumo: Tendo como tema unificador a mudança estrutural e a relação entre os setores econômicos e o desenvolvimento econômico, os três ensaios que compõem esta tese tratam de questões teóricas e aplicadas à economia brasileira. No primeiro ensaio, tem-se o objetivo de apresentar uma revisão da literatura econômica sobre o tema, ligando as abordagens clássicas sobre o papel da mudança estrutural em processos de catching up de países em desenvolvimento com novos avanços teóricos e empíricos. A questão da mudança estrutural é analisada a partir de várias vertentes, desde a dos economistas do desenvolvimento até a dos estudos sobre o papel da tecnologia como principal motor da mudança. Evidencia-se que a abordagem estruturalista da transformação econômica é capaz de agregar uma série de elementos conceituais e factuais e usá-los para analisar e entender os processos de crescimento econômico em vários países, notadamente nos em desenvolvimento. No segundo ensaio, busca-se examinar as mudanças ocorridas na estrutura produtiva brasileira entre 2000 e 2016 e quantificar e analisar os impactos dessas mudanças sobre o crescimento da produtividade agregada. A partir dos dados das Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), utiliza-se o método shift-share para decompor a variação da produtividade nos efeitos interno e estruturais (estático e dinâmico). Os resultados mostram que, embora a mudança estrutural tenha contribuído para o aumento da produtividade agregada, dinamicamente seus efeitos foram negativos. No último ensaio, objetiva-se datar e caracterizar, pelo algoritmo Bry-Boschan, a recessão em 13 estados selecionados, quantificando características e relacionando-as com elementos da estrutura produtiva das economias estaduais. Os resultados confirmaram a existência de desempenhos heterogêneos das economias estaduais frente à recessão, com estados mais industrializados sendo os mais atingidos pelos seus efeitos, enquanto estados com maiores participações relativas da agropecuária e da indústria extrativa sofreram menos. Estados com economias mais diversificadas apresentaram uma recessão mais branda.