Estudo da associação entre tratamento para transtornos da ansiedade na infância e habilidades sociais e sintomatologia parental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Borba, Lidiane Nunes
Orientador(a): Manfro, Gisele Gus
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/97179
Resumo: Os transtornos de ansiedade estão entre os transtornos psiquiátricos mais prevalentes na infância e adolescência, sendo associados a prejuízos no desempenho social, familiar e acadêmico. Sua origem é multifatorial, com contribuições genéticas e ambientais, dentre elas o aprendizado e a associação com a psicopatologia e o estilo parental. Estudos têm sugerido a relação da psicopatologia entre pais e filhos e sua influência na resposta ao tratamento. Os dois estudos desta dissertação se inserem neste contexto e buscam investigar os benefícios da inserção dos pais no tratamento dos filhos (Artigo1), a influência da psicopatologia parental na sintomatologia e resposta ao tratamento da prole e o quanto o tratamento dos filhos pode acarretar na melhora da sintomatologia dos pais (Artigo2). O primeiro artigo teve como finalidade estudar a influência da inserção dos pais no tratamento dos filhos por meio de uma revisão sistemática, a fim de compreender seus possíveis benefícios na resposta ao tratamento. A maior parte dos estudos revisados neste artigo não demonstrou resultados mais satisfatórios com a inclusão dos pais no tratamento das crianças em intervenções psicossociais. Entretanto, aqueles que encontraram melhores resultados com inclusão dos pais possuíam em comum a presença e participação ativa dos mesmos. Além disso, resultados apresentados no follow-up indicaram melhora entre as crianças que realizaram intervenção junto aos pais, sugerindo que a inserção parental pode acarretar em benefícios ao longo do tempo. Este estudo avança na compreensão da inclusão dos pais no tratamento dos filhos por demonstrar que aspectos como o tempo dedicado ao tratamento, relação custo-benefício e o papel dos pais na prevenção a recaída dos sintomas merecem a atenção de futuras pesquisas. O segundo artigo teve a intenção de avaliar a psicopatologia e o repertório de habilidades sociais das mães antes e após o tratamento com Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) em grupo focado nas crianças com ansiedade. Este estudo foi realizado por meio de um ensaio clínico randomizado e teve como objetivo investigar a influência das variáveis maternas no tratamento dos filhos e, se a intervenção focada na criança pode acarretar na melhora da sintomatologia materna. Este estudo mostrou que a psicopatologia e o repertório de habilidades sociais das mães não foram preditores da resposta ao tratamento dos filhos. Embora tenha ocorrido redução na ansiedade e depressão materna após a intervenção, esta diferença não foi considerada significativa, sugerindo que o tratamento focado nos filhos não influencia positivamente a sintomatologia dos pais. Este estudo avança no entendimento da influência dos pais sobre os filhos por demonstrar que a resposta ao tratamento não foi influenciada pelas variáveis parentais. Este estudo contribui também para a compreensão dos efeitos do tratamento dos filhos sobre os pais demonstrando que, embora os pais não tenham sido influenciados pela intervenção focada na criança, este é um interessante campo de pesquisa, podendo ser o foco de novos estudos.