É na creche que se aprende a ir pra escola : um estudo sobre as orientações de letramento das crianças em uma creche comunitária na periferia de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Bibiana Cardoso da
Orientador(a): Simões, Luciene Juliano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/66315
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo descrever as orientações de letramento das crianças de uma creche comunitária, localizada na zona norte de Porto Alegre, e analisar os eventos de letramento dos quais as crianças participam dentro e fora do contexto escolar. A fundamentação teórica que subjaz à análise apresentada está baseada nos Novos Estudos sobre Letramento (cf. Heath, 1982; Street, 1984; Barton, 1994; Gee, 1990), os quais entendem letramento como um conjunto de práticas organizadas social e culturalmente (Scribner & Cole, 1981) que envolvem na sua constituição a tecnologia da escrita. A pesquisa foi realizada por meio de trabalho de campo de dezoito meses que envolveu a geração de dados etnográficos na creche e na comunidade através de análise documental, observação participante, gravação de entrevistas em áudio, registro audiovisual das aulas e registro fotográfico. Através da análise dos dados, concluímos que os alunos da creche estudada são membros de um grupo social que participa de diferentes tipos de eventos de letramento cotidianamente. Dentro da creche, observamos dois tipos de eventos de letramento principais: as práticas pedagógicas de letramento e os eventos de letramento emergentes. As educadoras propõem atividades pedagógicas de letramento com o objetivo de preparar os alunos para a escola. Este trabalho pretende dar visibilidade as diferentes práticas de letramento em diferentes contextos, propondo, através do reconhecimento e da valorização de outras práticas de letramento que não as escolares, uma abertura à construção de novas e melhores formas de atuação, por parte da escola, junto a essas crianças.