A vida se tece e a escola acontece entre-vidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Salerno, Guilene
Orientador(a): Santos, Nair Iracema Silveira dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/62104
Resumo: Este estudo trata da acontecimentalização da/na Escola Municipal Porto Alegre (EPA), escola aberta para jovens em situação de vulnerabilidade social no município de Porto Alegre. Sob princípio cartográfico, utiliza narrativas dos professores, dos estudantes e da própria pesquisadora como construções subjetivas que explicitam como a vida se tece e a escola acontece entre-vidas. Para realização desse exercício de tecer e tramar conceitos e práticas foram utilizados os seguintes operadores: dispositivo, acontecimento, entre-vidas, narratividade e cartografia, embasados nas teorias foucaultiana e deleuziana. Para situar a escola aberta no tempo foi utilizado um plano, o histórico em que se analisa o Código de Menores e o Estatuto da Criança e do Adolescente como dispositivos e outro, o cartográfico, que analisa a intensidade das práticas, das expressões, dos (des)afetos na acontecimentalização da EPA, ressaltando elementos que potencializam a expansão, ou não, da vida. Questiona e desvela a EPA como um dispositivo de cuidado e acolhimento na racionalidade do Estado. Em sua fragilidade institucional, do não-lugar dado pela intersetorialidade entre educação, saúde, assistência, sua identidade é conhecida nesse pouco de tudo. A EPA sobrevive nesse não-lugar pela luta e pela resistência no tempo próprio entre a educação menor a a educação maior, afirmando uma potência de ação que exige força e invenção numa longa história de fatos de dominação e de opressão, principalmente, entre crianças e jovens e aqueles feitos “menores” por estarem desassistidos. Busca conhecer pistas construídas pelos jovens estudantes e educadores a respeito da política pública e da invenção de novos espaços, de novas possibilidades ética, estética e política, de novas teias que escapem aos saberes e fazeres instituídos.