Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Schneider, Nayê Balzan |
Orientador(a): |
Prolla, Patrícia Ashton |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/117911
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Resumo: |
Entre as síndromes hereditárias de predisposição ao câncer colorretal a Síndrome de Lynch é a síndrome mais frequente, sendo causada por mutações germinativas em um dos principais genes envolvidos na via de reparo de mau pareamento do DNA (MMR): MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2. Clinicamente, a identificação da síndrome é feita pelos critérios de Amsterdam e Bethesda. Uma de suas características é a idade precoce no diagnóstico de câncer colorretal (~45 anos) assim como de tumores extracolônicos do espectro Lynch. Os genes MLH1 e MSH2 são os mais frequentemente mutados e são associados ao fenótipo clássico da síndrome, enquanto mutações em MSH6 e PMS2 são associadas a um fenótipo atípico. Mutações em MSH6 ocorrem em cerca de 10% dos pacientes, com consideráveis diferenças na frequência entre diferentes populações, e são descritas em famílias com idade mais tardia de aparecimento do câncer colorretal, ocorrência de câncer de endométrio e baixa IMS no tecido tumoral. O objetivo desse trabalho é identificar mutações germinativas pontuais e rearranjos no gene MSH6 em pacientes brasileiros com diagnóstico clínico de Síndrome de Lynch. Para identificação das mutações foram analisadas: a sequência codificadora e as junções éxon-íntron do gene, por PCR seguido de sequenciamento; assim como a presença de rearranjos pela técnica Multiplex Ligation-Dependent Probe Amplification (MLPA). A imunohistoquímica (IHQ) e IMS também foram avaliadas. As amostras de sangue periférico foram coletadas, após a obtenção do consentimento informado, de 68 pacientes com critérios clínicos para a Síndrome de Lynch, 40 pacientes foram classificados pelos critérios de Bethesda e 28 pelos critérios de Amsterdam. Vinte e seis alterações em MSH6 foram identificadas pelo sequenciamento: seis pequenas deleções (todas em regiões intrônicas) e vinte trocas únicas de nucleotídeos (sete sinônimas, cinco não sinônimas e as demais intrônicas). Três das variantes não sinônimas (c.2006T>C (encontrada em um paciente); c.3772C>G (encontrada em um paciente); c.719 G>A (encontrada em dois pacientes)) não estão classificadas quanto a patogenicidade nos bancos de dados pesquisados: HGMD, NCBI e LOVD. Essas variantes foram analisadas por preditores in silico e os resultados sugerem que duas delas, c.2006T>C e c.3772C>G, são patogênicas. Não foram detectados rearranjos em MSH6 pelo MLPA. A IHQ mostrou perda da expressão nuclear de MSH6 no tecido tumoral de 22 pacientes (32%), e foi observada alta IMS em 19 (61%) pacientes. Apesar de não terem sido encontradas mutações patogênicas em MSH6, a análise de IHQ mostrou que a proteína MSH6 está ausente em uma porção considerável da amostra, o que indica que outros genes ou outros processos devem estar interferindo na expressão de MSH6. A análise adicional de sequência MSH2 feita por outro grupo, com os mesmos pacientes, detectou oito mutações patogênicas que podem explicar 36% da perda da expressão de MSH6. Estes dados sugerem que o sequenciamento apenas de MSH6 em casos de perda de expressão MSH6 não é suficiente para identificar a causa dos resultados de IHQ. Outros estudos que analisaram a sequência de MSH6 indicam que a prevalência de mutações neste gene parece ser muito diversificada. Apesar do pequeno tamanho amostral deste trabalho, os dados sugerem que no Brasil este gene parece ser responsável por uma porcentagem pequena dos pacientes com Síndrome de Lynch. |