Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Bianca Rocha da |
Orientador(a): |
Dal Pizzol, Tatiane da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/278569
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Resumo: |
Introdução: A administração de antibiótico endovenoso (EV) é, muitas vezes, o único fator que mantém um paciente hospitalizado. Diversos antibióticos utilizados por via oral (VO) têm excelentes parâmetros farmacocinéticos, sendo uma boa alternativa para a troca (switch) de via EV para VO. A prática do switch EV-VO almeja benefícios para o paciente, para a instituição e para o sistema de saúde. Objetivos: Identificar, sumarizar e avaliar as evidências existentes na literatura sobre a troca da via de administração endovenosa para via oral na antibioticoterapia de pacientes adultos. Métodos: A revisão sistemática foi conduzida conforme as diretrizes Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions e reportada segundo as diretrizes PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). O protocolo da revisão sistemática foi registrado na plataforma PROSPERO (CRD42022336019). Foram incluídos ensaios clínicos randomizados com pacientes adultos, hospitalizados ou não, em que a intervenção testada foi o uso de antibióticos endovenosos por ao menos 48 horas, sendo realizada a troca para via oral na sequência, comparada com o uso exclusivo de antibióticos endovenosos. Os desfechos de interesse avaliados foram mortalidade por qualquer causa, cura clínica, falha terapêutica e tempo de internação hospitalar. As bases de dados utilizadas foram Embase, PubMed, SciELO, ScienceDirect, Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL) e ClinicalTrials.gov, não havendo restrições quanto ao idioma e data de publicação. As buscas foram realizadas até outubro de 2023. A avaliação do risco de viés foi realizada por meio da ferramenta RoB 2. Resultados: Após remoção das duplicatas, 3.589 resultados foram triados pela leitura dos títulos e resumos, resultando em 165 resultados para leitura na íntegra, dos quais 15 estudos preencheram os critérios e foram incluídos na revisão sistemática, contabilizando 1.993 participantes randomizados. A média dos pacientes randomizados foi de 133 (36 a 400). O sítio de infecção mais estudado foi o trato respiratório inferior (6 estudos), seguido pelo trato urinário (2 estudos), entre outros (7 estudos). Quanto às classes de antibióticos usados pela via EV, 8 estudos utilizaram ß-lactâmicos, sendo essa classe a mais prevalente por essa via. A respeito das classes de antibióticos utilizados por VO, 8 utilizaram fluoroquinolonas, 5 utilizaram cefalosporinas e 2 não informaram o medicamento usado. Os desfechos mortalidade por qualquer causa e falha terapêutica tiveram uma baixa ocorrência de eventos e sem diferença estatística significativa entre os grupos analisados. A cura clínica foi detectada em 70% ou mais dos pacientes, sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Para o tempo de internação hospitalar, foi identificado que o tempo foi maior – estatísticamente significativo - maior no grupo de tratamento EV para todos os estudos incluídos. Em relação ao risco de viés dos estudos incluídos, a maioria teve uma classificação geral como de alto risco. Conclusão: De maneira geral, os desfechos primários se comportaram semelhantemente entre os grupos de comparação, sugerindo que é possível que a troca de via seja uma opção viável com bons desfechos na antibioticoterapia. A maioria dos estudos tinha uma taxa de cura clínica de 70% ou mais e uma taxa de falha terapêutica de 10% ou menos, sugerindo a efetividade das intervenções. Espera-se que este estudo seja capaz de contribuir com uma prática clínica que otimize o uso dos antibióticos e colabore com seu uso racional. |