Impacto das complicações tardias na qualidade de vida dos pacientes pós-transplante de células-tronco hematopoiéticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Priscila de Oliveira da
Orientador(a): Daudt, Liane Esteves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/239190
Resumo: Introdução: O Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH) Alogênico é uma opção terapêutica para muitas crianças que apresentam doenças hematológicas malignas e não malignas, assim como doenças hereditárias e imunológicas. Complicações agudas e tardias relacionadas ao período pré, peri e pós-TCTH podem impactar negativamente a qualidade de vida, assim como aumentar os índices de morbi-mortalidade. Objetivo: Este estudo tem como objetivo geral avaliar o impacto das complicações tardias em pacientes adultos que transplantaram quando criança ou adolecente. Métodos: Trata-se de um estudo transversal observacional descritivo e analítico com grupo controle. A amostragem foi não probabilística de conveniência. Foram incluídos os pacientes com mais de 18 anos no momento da coleta de dados que realizou TCTH com idade inferior a 18 anos e que haviam realizado transplante há mais de um ano. O grupo controle foi constituído por doadores de sangue pareados por idade e sexo. Para a avaliação da qualidade de vida, os pacientes preencheram as escalas FACT-BMT e SF-36. O grupo controle preencheu a escala SF-36. Para análise dos dados foi utilizado estatística descritiva, assim como o teste t de Student e o teste não-paramétrico de Mann-Whitney para comparação entre as amostras independentes. Valores de p < 0,05 indicaram significância estatística. Resultados: Foram incluídos 34 pacientes e 34 participantes no grupo controle. A maioria pertencia ao sexo masculino (58,8%), mediana de idade no transplante de 13,5 anos (4-17) e tempo pós-TCTH de 11,5 anos (2-23). A maioria dos pacientes apresentavam pelo menos uma complicação tardia. A complicação tardia mais frequente foi esquelética. A média do escore da FACT-BMT foi 121 (DP 19). Os pacientes com complicações apresentaram escore menor nos domínios bem-estar emocional, FACT-TOI e FACT-BMT. Pela escala SF-36, os pacientes com complicações também apresentaram escores mais baixos nos domínios capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde e saúde mental. Quando comparado ao grupo controle, os pacientes apresentaram escores mais baixos nos domínios capacidade funcional e aspecto físicos. Conclusões: Conclui-se que os pacientes, em geral, apresentam boa qualidade de vida. Os resultados sugerem que as complicações tardias interferem na QV dos pacientes transplantados. Contudo, o fato de ter feito TCTH por si só não implica em pior qualidade de vida. O desenvolvimento de estratégias de adaptação pode ser um dos motivos que favoreçam a manutenção de bons níveis de qualidade de vida.