Validação do escore de risco do EBMT (European Group for Blood and Marrow Transplantation) na população de pacientes submetidos ao transplante de células-tronco hematopoéticas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre

• Ano de defesa: 2012
• Autor(a) principal: Araújo, Beatriz Stela Gomes de Souza Pitombeira
• Orientador(a): Silla, Lucia Mariano da Rocha
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Transplante de células-tronco; Transplante homólogo; Fatores de risco
• Palavras-chave em Inglês: Allogeneic hematopoietic stem cell transplantation; Risk score; EBMT
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/48996

INTRODUÇÃO: O Transplante de Células-tronco Hematopoéticas (TCTH) alogênico é uma modalidade de tratamento com capacidade de curar várias doenças hematológicas benignas e malignas. Os progressos nesta área aumentaram o número e melhoraram os desfechos dos procedimentos realizados, porém sua morbimortalidade permanece elevada. Em 2009, o escore de risco do EBMT foi validado como um método simples para predizer, com dados pré-transplante, os desfechos de um paciente após o TCTH alogênico. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi validar a aplicabilidade do escore de risco do EBMT em pacientes brasileiros do Hospital de Cínicas de Porto Alegre (HCPA), submetidos a TCTH alogênico. MÉTODOS: Foi realizado um estudo retrospectivo, observacional, com dados coletados de prontuários de 278 pacientes (156 homens (56%) com mediana de idade de 32 anos) submetidos ao TCTH alogênico no HCPA para doenças malignas e anemia aplástica severa, entre 1994 e 2010. Foi aplicado o escore de risco do EBMT e analisados os desfechos sobrevida global (OS), mortalidade não relacionada à recaída (NRM) e taxa de recaída (RR). RESULTADOS: OS, NRM e RR em cinco anos foram de 53,4%, 39% e 30,7%, respectivamente. A OS em pacientes com risco 0 foi significativamente maior (81,8%) do que os de risco 6 (20%) (p<0,001). Da mesma forma, pacientes com risco 0 tiveram menor NRM (13,6%) do que os com risco 6 (80%) (p=0,001). O estágio avançado da doença foi associado com aumento de RR em todas as patologias neoplásicas avaliadas. CONCLUSÃO: O escore de risco do EBMT pode ser utilizado como um dado adicional na avaliação de pacientes com doenças malignas e anemia aplástica severa com indicação de TCTH alogênico no nosso centro.