A relação com o saber: que práticas mobilizam os jovens educandos da EJA?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Gabrieli Oliveira da
Orientador(a): Pinheiro, Leandro Rogério
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276900
Resumo: Esta dissertação dedica-se à construção de leitura dos diálogos de campo com jovens educandos de classe popular da EJA, da região oeste de São Leopoldo. A pesquisa teve por objetivo geral compreender a relação com o saber construída pelos estudantes, tendo como objetivos específicos: examinar os percursos escolares de jovens em classes de EJA, em escola pública de periferia urbana; analisar a relação que os jovens estabelecem com os saberes na escola; e interpretar a relação entre saberes escolares e não escolares, e como esta é narrada nos itinerários dos jovens educandos. O estudo está fundamentado na metodologia e nos estudos desenvolvidos por Bernard Charlot, a partir do Instrumento do Balanço do Saber, desenvolvida junto a 18 educandos, dos quais seis participaram de entrevistas narrativas. Os diálogos em campo possibilitaram o entendimento de que a relação com o saber ocorre através da socialização e mediante identificação com o ou a educadora, uma vez que era a partir da mobilização dos professores que os estudantes se engajavam para desenvolver certas atividades. Além disso, para os educandos frequentarem a escola, a identificação se mostrou uma questão importante, apesar das vivências de precariedade que os distanciam do universo escolar, ampliando os esforços para permanecer na escola na busca por melhores oportunidades no mercado de trabalho. E, ainda, as interlocuções registram narrativas da percepção dos jovens sobre os saberes não escolares que são essenciais para sobrevivência em seu território; aprendizagens que foram construídas a partir de suas experiências em diferentes espaços sociais. Por fim, foi possível analisar quais saberes e táticas são utilizadas pelos jovens para viverem sua juventude e enfrentar desigualdades e violências.