Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Guzzo, Edson Fernando Müller |
Orientador(a): |
Coitinho, Adriana Simon |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/211396
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Resumo: |
Neste estudo, avaliou-se o potencial anticonvulsivante do fármaco anti-inflamatório dexametasona (DEXA), no modelo animal de kindling induzido por pentilenotetrazol (PTZ). Neste modelo crônico, ratos Wistar machos, diariamente, os tratamentos: salina (NaCl 0,9%), dexametasona (DEXA) 1mg, 2mg ou 4mg/Kg ou diazepam (2 mg/Kg) durante 14 dias e, em dias alternados, PTZ (20 mg/Kg). Nos dias em que receberam o PTZ, classificou-se a intensidade das crises epilépticas segundo Racine (1973). Os animais foram eutanasiados no décimo quinto dia e coletaram-se soro, hipocampo e córtex para dosagem das citocinas interleucina 1β (IL-1β), interleucina-6 (IL-6) e do fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa) pelo método de ELISA. Os animais tratados com DEXA, no modelo de crise epiléptica induzido por PTZ, em todas as doses, apresentaram redução da intensidade das crises epilépticas de acordo com a escala de Racine, quando comparados ao grupo tratado com solução salina. Não houve diferença significativa entre os animais tratados com DEXA e os tratados com diazepam, indicando que o medicamento anti-inflamatório foi eficiente como agente anticonvulsivante. Além disso, o tratamento com DEXA não alterou a capacidade locomotora e exploratória dos animais, avaliados pelo teste de campo aberto, demonstrando a segurança do tratamento proposto. Quanto aos níveis das citocinas, não houve alteração no córtex dos animais. No entanto, no hipocampo, os níveis de IL-1 β diminuíram nos grupos tratados com DEXA (1 mg/Kg e 4 mg/Kg) e diazepam quando comparados ao grupo salina. Também houve redução de TNF-alfa nessa estrutura no grupo que recebeu DEXA 4 mg/Kg em comparação com o grupo salina, DEXA 1 mg/Kg e DEXA 2 mg/Kg e um aumento significativo no grupo DEXA 1 mg/Kg em relação ao grupo salina. A diferença entre os níveis de TNF-alfa nas estruturas do sistema nervoso central estudadas sugere que vias neuroinflamatórias específicas são ativadas de maneira tempo e dose dependente, com papéis distintos na epileptogênese. Finalmente, no soro, verificou-se uma diminuição nos níveis de TNF-alfa nos animais tratados com DEXA 4 mg/Kg em comparação ao grupo salina. Desta forma, o tratamento com DEXA foi responsável pela diminuição da intensidade das crises epilépticas, no modelo utilizado. Além disso, observou-se a diminuição dos níveis de algumas das citocinas pró-inflamatórias avaliadas. Em suma, estes resultados sugerem o potencial efeito benéfico do uso da DEXA no tratamento da epilepsia, embora novos estudos sejam necessários para melhor compreensão dos efeitos observados. |