Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Cesar Bastos de Mattos |
Orientador(a): |
Cattani, Airton |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/53735
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Resumo: |
A fotografia, como aparato tecnológico físico/químico, tem, desde sua origem, características científicas e artísticas. Esta dualidade tem especial importância quando aplicada à arquitetura. Seria a fotografia uma forma de representação da obra arquitetônica ou uma arte independente, que tem a possibilidade de criar mundos artificiais ou irreais? Por mais que o senso comum acredite na honestidade e fidedignidade da fotografia, o mundo e, mais especificamente, a arquitetura se mostram de maneiras peculiares quando vistos pelas lentes da fotografia. Esta confusão sobre o que é a fotografia – um registro fiel da ‘realidade’ visual? Uma forma de expressão artística de seu operador (fotógrafo)? – é o ponto central desta tese. Este trabalho propõe uma reflexão teórica sobre as consequências desta aparente confusão ou desconsideração das diferenças entre o registrado e o ‘real’, dos limites e capacidades da fotografia em representar o que está defronte da lente. Trata-se de um trabalho inicialmente descritivo do ato fotográfico em relação aos elementos envolvidos nesta ação, de suas responsabilidades e das consequências no resultado – a imagem obtida. Pretende-se evidenciar as possibilidades da fotografia de manipular a realidade, seja por meio de operações de ‘apagamento’ de elementos do entorno, deixando-os fora de quadro, ou pela pós-edição, seja pela mudança de lentes com suas características e aberrações ópticas ou pela exploração de como o filme ou tablete digitalizador registra a luz, entre outros recursos e possibilidades. A partir dessa demonstração, propõem-se algumas reflexões teóricas sobre possíveis consequências que a aparente inconsciência dessas características da fotografia pode produzir na percepção da arquitetura. Com tais reflexões, pretendese contribuir para uma tomada de consciência crítica do que a fotografia é capaz e sugerir questionamentos sobre como essas possibilidades podem estar influenciando a arquitetura, tanto na forma de vê-la quanto nas opções projetuais. Espera-se que este trabalho seja uma contribuição na formação de fotógrafos conscientes de suas ações, de leitores críticos e conscientes do que está sendo oferecido como informação pelas fotografias de arquitetura e de arquitetos que consigam entender o real significado desse recurso de representação e as repercussões que pode ter sobre o ato de projetar. |