Dezenhar e tecer : caosturas na arte e seu ensino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Anderson Luiz de
Orientador(a): Zordan, Paola
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/223055
Resumo: A presente tese, no campo ampliado da Educação, pensa relações entre o desenhar e o tecer, mostrando os encontros do desenvolvimento da produção têxtil e das artes gráficas. Em sua problemática, pesquisa o ensino do desenho e questiona como compor maneiras de educar em meio à vida. Busca, assim, criar maneiras de pensar um ensigno de desenho inspirado pelas experiências com o desenhar, no qual a cópia deixa de ser objetivo final. Tendo, como fundo, a questão dos começos, apresenta processos de criação por meio das experiencias que se dão em ato, trazendo uma outra perspectiva na composição de desenhos, aqui diferenciada a partir da grafia com Z. Descreve um procedimento Maniera Moirai que lista interesses, ao inventariar incidências e demonstrar o problema por conceitos, usos, estilos, práticas, histórias, imagens e figuras. Maniera devém dos procedimentos usados pelos artistas do movimento do século XVI e Moirai, da mitologia grega, sendo que os atributos das Moiras figuram a própria tese. Defende-se processos de criação nos quais a imagem da fiação e suas linhas, assim como técnicas têxteis, são pertinentes ao desenhar. O Maneirismo diz respeito aos modos como são produzidos fios com os percursos da pesquisa, torcendo as noções de desenhar e tecer no que se chama caostura. Tais maneiras criam condições para produzir elementos textuais entrelaçados a dados empíricos (fibras), com os quais é possível compor e torcer em fios, juntando feixes, determinando a urdidura das teias tramadas no tecidotese e seus deZenhos. O desenhar e o tecer estão historicamente emaranhados, vindo, nas palavras da tese, a caosturar o textum. A tecitura da tese apresenta outras possibilidades para o ensino de desenho, problematizando áreas nas quais os conteúdos técnicos são tratados como mero elemento do ato de desenhar. Para tanto, traz algumas abordagens históricas em diversos recortes temporais, elencando como as maneiras ligadas à tecelagem reverberavam e ainda reverberam no ensino de desenho, tanto o acadêmico quanto o escolar. Exercícios que propõem pensar usos do desenho, tanto em aula quanto na produção autoral, tomam os problemas da representação para se compor condições de criar/pensar/tecer com o desenhar. A tese assume o multirreferencialismo com autores advindos da arte, educação, filosofia, história, design e moda a fim de que termos e conceitos oriundos destes diferentes campos, ao se entrelaçarem, constituam a pesquisa. Com a filosofia de Gilles Deleuze, passa a conceber o ensino de desenho de maneira a estimular a invenção ao invés da revelação, a criação em vez da descoberta e o movimento em vez da fixação, oferecendo condições para sair da órbita que gira em torno da noção do idêntico e do modelo ideal e abrindo espaço para pensar as possibilidades de um enSigno de desenho enquanto ação de composição.