Os valores civilizatórios afro-brasileiros na ERER: uma proposta de Ensino de História por meio do comunitarismo de Beatriz Nascimento (1970-1990)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Costa, Adriana
Orientador(a): Rosa, Marcus Vinícius de Freitas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/254346
Resumo: Buscando possibilidades para a execução das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (BRASIL, 2004), neste trabalho, apresento uma proposta de oficina pedagógica tendo por tema central a trajetória de Beatriz Nascimento (1970-1990). Essa proposta tem como objetivo analisar a potencialidade dos Valores Civilizatórios Afro-brasileiros (TRINDADE, 2006) enquanto referenciais teórico-metodológicos para o Ensino de História que tornam evidentes os fundamentos, princípios, conceitos e valores que formam a cultura negra brasileira, assim como investigar a atuação intelectual da historiadora Beatriz Nascimento a fim de compreender a sua contribuição para a ressignificação da história do(a) negro(a) no Brasil, bem como explorar as múltiplas temporalidades da narrativa histórica com o intuito de provocar nos estudantes a reflexão sobre as referências negras do passado e sobre as suas atuações no presente e no futuro. Dessa forma, analiso a obra de Beatriz Nascimento (2018) acerca da concepção ideológica do Quilombo e evidencio a sua convergência em relação ao Comunitarismo, valor civilizatório que demonstra a continuidade histórica de luta, organização e sociabilidades dos negros e negras, que por muito tempo tiveram os seus protagonismos apagados da História do Brasil. Assim, buscando epistemologias que contribuam para a descolonização dos currículos (GOMES, 2012), proponho uma oficina pedagógica cooperativa (ANTUNES, 2012) destinada aos estudantes do primeiro ano do Ensino Médio na intenção de provocar a reflexão sobre as suas próprias atuações enquanto sujeitos históricos. Para tal, como problema de ensino, coloco a seguinte questão: Como a perspectiva de Beatriz Nascimento (1970-1990) sobre o comunitarismo/quilombo pode ser mobilizada no Ensino de História comprometido com a Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER)? Concluo que o comunitarismo que se expressa no quilombo faz do quilombo um Valor Civilizatório Afro-brasileiro, sendo possível, então, mobilizá-lo sempre que estivermos ensinando sobre as mais diferentes formas de organizações e de cosmo-concepções de pessoas negras (MACHADO; OLIVEIRA, 2018).