Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Braz, Antonio Igor Duarte |
Orientador(a): |
Caye, Arthur |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/278645
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Resumo: |
Embora diversas alterações neurobiológicas sejam consistentemente documentadas entre pacientes com TDAH quando comparados com controles, tamanhos de efeito pequenos determinam um grande grau de sobreposição entre os grupos e limitam a aplicabilidade clínica de biomarcadores diagnósticos. No presente estudo, buscamos abordar essa limitação da literatura ao enriquecer um desenho caso-controle usual com uma informação adicional – a probabilidade, entre os controles, de um diagnóstico de TDAH futuro, conforme um modelo de risco multivariado validado na literatura. A amostra compreendeu 2.511 crianças e adolescentes brasileiros, com idades entre 6 e 14 anos, oriundos de uma coorte de base populacional. Avaliamos comparativamente as medidas de escores de risco poligênicos, volumes subcorticais e função executiva entre participantes com e sem TDAH, além de diferenciar o grupo sem TDAH em subgrupos de baixo e alto risco para a condição. Replicando achados da literatura internacional, nossos resultados demonstraram que, comparativamente ao grupo não afetado, crianças e adolescentes com TDAH tiveram escores de risco poligênico mais elevados, volumes subcorticais reduzidos e desempenho inferior em testes de função executiva quando comparados aos controles, ainda que com tamanhos de efeito pequenos e alto grau de sobreposição entre os grupos. A segmentação do grupo de controle em subgrupos de baixo e alto risco revelou diferenças mais acentuadas, aproximadamente dobrando a área de não-sobreposição para as três medidas neurobiológicas analisadas entre o grupo de baixo risco e os demais grupos. Adicionalmente, observou-se que, ao controlar os resultados pelo número de sintomas de TDAH, as diferenças entre casos e controles se dissiparam, enquanto as análises que levaram em conta o risco mantiveram sua significância estatística. Isso sugere que a abordagem enriquecida por risco pode ser mais informativa do que estudos caso-controle tradicionais na identificação de biomarcadores e da patosifiologia do TDAH, e que esta informação não seria um artefado decorrente da dimensionalidade do transtorno. Indivíduos sem diagnóstico, mas classificados como de alto risco, não apresentaram variações significativas nas métricas avaliadas em comparação aos indivíduos com TDAH. Concluímos que um desenho de estudo informado por risco oferece uma estratégia promissora para a identificação de biomarcadores para o TDAH, fornecendo um modelo para avaliar contrastes semelhantes em outros distúrbios mentais. Pesquisas futuras deverão investigar fatores ambientais e biológicos adicionais que contribuem para o risco e resiliência associados ao fenótipo completo. |