Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Sarmento, Carla Cecília Treib |
Orientador(a): |
Sommer, Carlos Augusto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/172172
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Resumo: |
O estudo das intrusões máficas subvulcânicas pertencentes a Província Magmática Paraná-Etendeka foi efetuado no extremo sul do Brasil. Esses corpos subvulcânicos cortam as Formações Torres, Vale do Sol e Palmas, Grupo Serra Geral, na ombreira sul da Calha de Torres e as rochas sedimentares que bordejam a Bacia do Paraná. A direção preferencial dos diques intrusivos nas rochas sedimentares (NE-SW) coincide com lineamentos tectono-magmáticos que serviram de dutos para enxames de diques paralelos à costa brasileira e também a mesma direção do enxame de diques da costa da Namíbia, sugerindo que esses diques fizeram parte do sistema de junção tríplice relacionado à abertura do Atlântico Sul. As direções preferenciais dos diques que cortam derrames de lava (NW-SE) são similares às direções dos Arcos de Ponta Grossa, Rio Grande e da Calha de Torres e podem ter feito parte ou serem causados por um ou mais dos ciclos geotectônicos que originaram essas estruturas. Em relação à morfologia, os diques foram separados em dois grupos distintos: simétricos e assimétricos. As rochas foram divididas em dois termos: Toleíto Supersaturado em Sílica (SST) – diques e sills constituídos por plagioclásio e clinopiroxênios como minerais essenciais; e Olivina Toleíto Saturado em Sílica (SSOT) - diques constituídos principalmente por plagioclásio, clinopiroxênio e olivina. Os dados geoquímicos de elementos maiores e elementos-traço permitem classificar esses corpos hipabissais como basaltos (SSOT), andesitos basálticos e traquiandesitos (SST) de afinidade toleítica. Os diques SSOT têm assinaturas geoquímicas e apresentam variações isotópicas restritas (87Sr/86Sri = 0.70570 a 0.70585; ɛNdi = -1.01 a -4.49; 206Pb/204Pb = 18.0306), sem magma-tipo LTi equivalente na Província do Paraná, mas mais próximas das razões isotópicas dos magmas-tipo LTi com MgO > 7w% como o Nil Desperandum, na Província Etendeka. Os diques SST mostram variações isotópicas mais amplas (87Sr/86Sri = 0.70787 a 0.71336; ɛNdi = - 2.51 a - 8.65; 206Pb/204Pb = 18.578 a 19.049) e assinaturas geoquímicas similares ao magma-tipo Gramado, na Província do Paraná e também ao magma-tipo Tafelbeg no lado africano. Quando os diques são confrontados com os fluxos de lava divididos em associações de litofácies, conforme o comportamento dos elementos geoquímicos e das razões isotópicas Sr-Nd-Pb, é observado que os diques fazem parte de um sistema de abastecimento dos derrames básicos, estratigraficamente posicionados acima das lavas encaixantes. A variação dessas razões isotópicas pode ter ocorrido pela contaminação no momento da ascensão e extrusão do magma. A partir do modelamento dos diques mais primitivos SSOT com os derrames de lava da ombreira sul da Calha de Torres, o processo de cristalização fracionada seguida de assimilação crustal teve um papel importante desde a ascensão dos magmas pelos condutos até a extrusão das lavas. O comportamento dos elementos-traço revela que a assimilação de rochas com idades tanto Paleoproterozoica quanto Neoproterozoica pode ser considerada, porém de acordo com modelamento de razões isotópicas, uma maior contribuição de crosta Neoproterozoica foi constatada. |