Negativação de anti-HIV aos 12 meses em lactentes expostos ao vírus da imunodeficiência humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Magdaleno, Amanda Milman
Orientador(a): Corso, Andréa Lúcia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276494
Resumo: Introdução: A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) na pediatria foi descrita pela primeira vez em 1982, 18 meses após o início dos casos relatados em adultos. Atualmente, observa-se um aumento significativo dos pacientes expostos verticalmente ao HIV no Brasil, apesar da queda das taxas de novas infecções por transmissão vertical (TV). Por isso, é de extrema importância o uso adequado da terapia antirretroviral tanto para a mãe quanto para o recém-nascido (RN), além de uma definição precisa de qual é o melhor momento para o diagnóstico definitivo ou para a exclusão da infecção nos lactentes expostos a esse vírus. Objetivo Geral: Verificar a prevalência de testes de sorologia anti-HIV reagentes aos 12 meses de idade em lactentes expostos intraútero ao HIV. Objetivos Específicos: Comparar os pacientes de alto e baixo risco para TV em relação à negativação do exame aos 12 meses. Verificar a associação dos fatores de risco neonatais e maternos relacionados à negativação do anti-HIV aos 12 meses. Métodos: Estudo transversal aninhado em uma coorte, realizado no Serviço de Neonatologia e Ambulatório de Infectologia Pediátrica de um hospital terciário do sul do Brasil, referência para gestantes HIV positivas. A amostra foi constituída por nascidos vivos de mães soropositivas para HIV, nascidos no período de 1º de maio de 2020 a 31 de outubro de 2022. Foram excluídos os pacientes que não realizaram seguimento ambulatorial, os que não coletaram anti-HIV aos 12 meses de idade ou os confirmados como infectados. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Durante o seguimento, conforme a rotina do ambulatório, todos os pacientes realizaram o teste Elisa anti-HIV aos 12 meses de idade. Resultados: Foi observado que 50 dos 80 casos analisados apresentavam o teste anti-HIV reagente aos 12 meses de idade, correspondendo a uma prevalência de positividade de 63,3% (1 caso foi excluído da análise por resultado indeterminado do anti-HIV). Houve mais RN de baixo risco (65,5%) com sororeversão do anti-HIV aos 12 meses, quando comparados aos de alto risco (34,5%). Foram analisadas as possíveis associações entre fatores de risco maternos e do RN com a permanência da positividade do anti-HIV aos 12 meses de idade. Entre estas, o tratamento irregular e a carga viral (CV) materna elevada apresentaram um valor de p limítrofe (p=0,084 e p=0,057 respectivamente). Conclusões: Este estudo encontrou uma grande prevalência de pacientes com o teste Elisa anti-HIV reagente aos 12 meses (63,3%) e uma associação limítrofe com o tratamento e CV materna. Embora não tenha havido significância estatística, os RN de baixo risco para TV apresentaram uma negativação do teste Elisa anti-HIV mais precoce quando comparados aos de alto risco. A coleta mais tardia, entre 15 e 18 meses, deve ser considerada.