Qualidade assistencial de pacientes com insuficiência cardíaca em hospital público terciário no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Wajner, André
Orientador(a): Polanczyk, Carisi Anne
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/76149
Resumo: Fundamento: Insuficiência cardíaca (IC) representa a maior causa cardiovascular de morbidade hospitalar no Brasil. Embora sociedades médicas internacionais recomendem o monitoramento de indicadores de qualidade assistencial na prática clínica, sua adesão tem sido controversa, limitada e seus resultados não estão adequadamente estudados em diversos contextos. Objetivos: Aferir parâmetros de qualidade assistencial em pacientes hospitalizados com IC e analisar a relação entre a adesão a estas medidas e as taxas de visitas ao serviço de emergência e reinternações em 30 dias pós-alta no cenário hospitalar público brasileiro. Métodos: Realizou-se estudo de coorte histórico com utilização de dados secundários em 2070 pacientes que internaram com identificação de IC no Índice de Comorbidade de Charlson (ICCharlson) no período de 2009-2010. Foram coletados dados demográficos, assistenciais e indicadores hospitalares. Avaliou-se qualidade assistencial através da prescrição de Beta-bloqueador, IECA e/ou BRA e orientações na nota de alta. Resultados: Houve, em toda amostra, significativas medianas de ICCharlson (5,0) e tempo de internação (14 dias), constatando-se 13% de óbitos hospitalares. Doença cerebrovascular, um ICCharlson elevado e um menor tempo de permanência foram preditores de reinternação. Em relação aos indicadores assistenciais, as instruções na nota de alta foram adequadas em apenas 13% dos casos e, em pacientes com FE reduzida, 87% tinham prescrição de IECA/BRA e 66% de beta-bloqueadores na alta. Não houve impacto dessas medidas na taxa de reinternação e/ou visita a emergência, independente da FE. Conclusões: Pacientes internados com IC em hospital público terciário brasileiro apresentam elevada morbimortalidade. Apesar de abaixo das metas, esses parâmetros de qualidade assistencial não foram associados com reinternação ou consulta precoce à emergência.