A Colônia de Sacramento na rota da diáspora africana : parentesco fictício e agência cativa nos documentos paroquiais de batismo (1732-1777)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Thamires Silva e
Orientador(a): Kühn, Fábio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/193061
Resumo: É a partir das fontes paroquiais de batismo que esse trabalho se desenvolve na tentativa de demonstrar como se formavam os laços de parentesco e de reciprocidade entre cativos e cativas na Colônia do Sacramento nos anos de 1732-1777, compreendendo que essa região recebeu significativo número de escravizados e escravizadas, chegando a contabilizar metade da população em situação de cativeiro. Neste sentido, analisamos 1445 registros de batismos buscando traçar padrões para as conexões geradas no cativeiro, em especial através das mulheres escravizadas e forras, entendendo que a diáspora africana forçou a criação de novos vínculos e que o batismo era o momento em que esse vínculo se estreitava, principalmente entre pessoas na mesma situação. Para tanto, partimos do pressuposto de que cativos e cativas escolhiam seus padrinhos e suas madrinhas procurando unirem-se a partir do que tinham em comum: a África. O objetivo deste trabalho é, portanto, verificar e tentar explicar os laços firmados no cativeiro a partir das escolhas na pia batismal, tentando compreender como as mulheres, tanto forras quanto escravizadas, se sobressaíam nesse contexto escravocrata.