Associação entre os níveis plasmáticos da mieloperoxidase e a gravidade angiográfica da doença arterial coronariana em pacientes com síndrome coronariana aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lúcio, Eraldo de Azevedo
Orientador(a): Wainstein, Marco Vugman
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/17763
Resumo: Fundamento: Os níveis plasmáticos da mieloperoxidase (MPO) estão elevados em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA) como conseqüência de intensa ativação neutrofílica. A capacidade da MPO em predizer a gravidade da doença arterial coronariana (DAC) nos pacientes com SCA é alvo de controvérsia. Objetivo: Avaliar a associação entre os níveis plasmáticos da MPO e a gravidade das lesões ateroscleróticas coronarianas em pacientes com SCA sem elevação de ST. Métodos: Pacientes com SCA de alto risco que foram submetidos à angiografia coronariana durante as primeiras 72 horas do início dos sintomas, realizaram uma única dosagem plasmática de MPO. O escore de Gensini foi utilizado para avaliar a gravidade angiográfica da DAC. Resultados: Entre os 48 pacientes estudados, 85,4% tinham níveis elevados de troponina. As medianas dos níveis da MPO e do escore de Gensini foram 6,9 ng/mL (mínima= 4,4; máxima= 73,5), e 10 (mínima= 0; máxima= 87,5), respectivamente. O coeficiente de Spearman não mostrou correlação significativa entre os níveis de MPO e o escore de Gensini (rs= 0,2; P= 0,177). Os pacientes com níveis de MPO ≤ 6,9 ng/mL apresentaram um escore de Gensini de 8,3, enquanto que aqueles com a MPO > 6,9 ng/mL apresentaram um escore de 13,8, (P= 0,386). Os pacientes com escore de Gensini ≤ 10 apresentaram níveis de MPO de 6,6 ng/mL, enquanto aqueles com escore > 10 apresentaram níveis de MPO de 8,5 ng/mL (P= 0,126). Não houve associação entre os níveis de MPO e a extensão da lesão coronariana (rs= 0,047; P= 0,756). Na análise multivariada a MPO não mostrou correlação com nenhuma outra variável. Conclusões: Não houve associação entre os níveis plasmáticos de MPO e a gravidade angiográfica da DAC em pacientes com SCA com indicação de estratificação invasiva. Esse achado sugere que a expressão da MPO como um biomarcador inflamatório está dissociada da gravidade anatômica das lesões coronarianas.