Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva Junior, Diogo Vaz da |
Orientador(a): |
Caron, Daniele |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/216007
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Resumo: |
Inspirada na narrativa como perspectiva teórico-metodológica, esta dissertação busca problematizar a dimensão pública do espaço urbano a partir da narratividade das pessoas em situação de rua. Entendendo que o público é sempre plural, que está em permanente confronto e que toda a ordem política é baseada em alguma forma de exclusão, reconhece-se como necessária a escuta e o encontro com esse modo de viver na cidade, por se apresentar dissensual e à margem das ações de projeto e planejamento urbano. O ponto de partida do território da pesquisa é a região central de Porto Alegre, e o processo metodológico da cartografia define a conexão entre a experiência do pesquisador no espaço público e os participantes. Através do registro das cenas acompanhadas e dos encontros vivenciados com o habitar-rua, a narrativa intermedia a produção de conhecimento e a experiência em campo. Assim, a narratividade expressa pelas pessoas em situação de rua, corporificadas por suas ações de habitar, anunciam a heterogeneidade desse modo de vida na cidade provocando um conflito na dimensão pública do espaço urbano. Destaca-se ações da sociedade e dos agentes do Estado que buscam apagar a agência política dessa população, as dissonâncias entre as experiências urbanas de quem habita a rua e de quem habita uma residência como referência domiciliar, e o tensionamento na dicotomia público-privado. Como observações finais advindas do processo de pesquisa, realiza-se uma consideração à diferença, em que o habitar-rua revela um desafio às formas de pensar e planejar a cidade baseadas no estabelecimento da ordem e da resolutividade. Faz-se necessário reconhecer a rua como espaço possível à existência, o dissenso estabelecido no espaço público, a agência política e os direitos humanos da população em situação de rua. |