Jornalismo cultural e megaexposições de artes visuais no Brasil (2010-2016) : mapa de um acontecimento espetacular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Roloff, Bianka Nieckel da Costa
Orientador(a): Golin, Cida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/164228
Resumo: Este trabalho investiga a cobertura realizada por jornais de referência brasileiros sobre as megaexposições de artes visuais no país de 2010 a 2016. Parte da perspectiva construcionista, pressupondo que os acontecimentos são a matéria-prima básica da atividade jornalística e que o jornalismo cultural é um lugar especializado de construção de sentidos sobre arte, além de mediador entre esta e os públicos. Lançando mão dos estudos do acontecimento, verificamos quais indícios o jornalismo acionou para cobrir as megaexposições de artes visuais no período de estudo. Foi escolhida a metodologia de Análise de Conteúdo, que, em uma etapa quantitativa, examinou 152 textos sobre seis exposições, e, na fase qualitativa, aprofundou o olhar sobre 20 dessas reportagens. Encontramos uma cobertura que se revela proeminente e mobilizadora de públicos para visitar as exposições. Verificamos que o jornalismo media o ciclo de existência do acontecimento, elaborando sobre ele um mapa de consensos e construindo-o de forma paulatina, em um reiterado roteiro desde a apresentação até o balanço posterior. Concluímos também que as coberturas promovem uma espetacularização das exposições, a partir de uma pré-mediação, oriunda das marcas envolvidas com sua produção, e praticamente apenas reproduzida pelos veículos jornalísticos. As matérias valorizam aspectos como biografias, mobilização de multidões e números e lançam mão de um discurso marcadamente superlativo, buscando recuperar a aura da arte das megaexposições, com forte acionamento de fontes ligadas à produção do evento e pouco espaço de fala aos visitantes.