Inadequação da terapia nutricional enteral no paciente oncológico hospitalizado e seu impacto em desfechos clinicos desfavoráveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gabrielli, Carolina Pagnoncelli
Orientador(a): Steemburgo, Thais
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/257460
Resumo: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) são a principal causa de morte no mundo atualmente. Dentre elas o câncer se destaca como o principal obstáculo para o aumento da expectativa de vida da população mundial. Conforme os dados do Globo Cancer Statistics, em 2020, 19,3 milhões de pessoas tiveram diagnóstico de câncer em todo o mundo e 10 milhões morreram em decorrência da doença. No Brasil, as estimativas para cada ano do triênio 2023 – 2025 a incidência será de 704,080 novos casos para cada 100 mil habitantes para todas as neoplasias malignas. Os pacientes com diagnóstico de câncer apresentam alterações metabólicas, provocadas pelo processo tumoral e influenciadas pelos métodos terapêuticos adotados para o tratamento oncológico. O estado nutricional desses pacientes é diretamente afetado com a presença da doença, uma vez que, o aumento do estresse oxidativo leva a processos de danos de tecidos, o que pode culminar na desnutrição. Em ambiente hospitalar a desnutrição é comumente observada no momento da admissão, e ainda, este perfil de pacientes pode apresentar piora do estado nutricional ao longo da internação. Além disso, os efeitos colaterais ocasionados pelo processo terapêutico, muitas vezes, representados por sintomas gastrointestinais implicam na diminuição da ingestão alimentar, perda ponderal e desidratação. A terapia nutricional enteral (TNE) é uma alternativa de suporte nutricional para pacientes com câncer, indicada quando o paciente apresenta trato gastrointestinal total ou parcialmente funcionante, porém possui alguma alteração fisiológica que impossibilite a ingestão via oral, ou quando a quantidade de alimentos consumida se dá por insuficiente. Quando indicada, deve-se iniciar o quanto antes e 10 a oferta de nutrição carece por se adequar às necessidades nutricionais, visando o intuito de diminuir os riscos de desnutrição. No entanto, além da importância de uma prescrição dietética que atenda às necessidades nutricionais diariamente, os pacientes dependem que a administração da nutrição enteral esteja de acordo com esta prescrição. Algumas situações podem influenciar a oferta do aporte nutricional, como pausas devido à realização de exames ou procedimentos cirúrgicos que necessitem de jejum, intercorrências gastrointestinais e/ou clínicas que impossibilitem a continuação da TNE. Nesse sentido, a inadequação na oferta do aporte nutricional adequado, pode interferir no estado nutricional do paciente, aumentando a chance da perda de peso. Visto que, a perda de massa muscular está relacionada a baixa eficácia a tratamentos nutricionais e oncológicos, ao aumento da morbimortalidade, levando o paciente a necessitar, muitas vezes, de internações hospitalares frequentes e prolongadas. Neste sentido, o objetivo desse estudo foi investigar em pacientes oncológicos hospitalizados em uso exclusivo de TNE, por via alternativa de alimentação, a (in) adequação nutricional e a sua relação com desfechos clínicos desfavoráveis como tempo de internação prolongada, readmissão e mortalidade hospitalar em 30 dias.