Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Baierle, Tatiana Cardoso |
Orientador(a): |
Merlo, Alvaro Roberto Crespo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/12072
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Resumo: |
Esta pesquisa busca compreender as implicações da reestruturação da Guarda Municipal de Porto Alegre na produção de subjetividade de seus servidores e o impacto sobre a dinâmica saúde/sofrimento mental de seus trabalhadores. O trabalho foi tomado como eixo norteador, por sua centralidade na vida contemporânea. A posição adotada foi de depositar a ênfase nas vivências cotidianas e nos modos de ser dos trabalhadores, e não nos diagnósticos psicopatológicos. Com esta premissa, a condução da pesquisa foi fundamentada na abordagem da Psicodinâmica do Trabalho, que centra a investigação na normalidade e não na patologia, procurando, reforçando os mecanismos de luta e resistência desenvolvidos pelos trabalhadores, que se traduzem nas estratégias defensivas. A metodologia em Psicodinâmica do Trabalho foi aplica strictu sensu, em suas etapas de desenvolvimento: formação de grupo de pesquisadores, prépesquisa, pesquisa com encontros em grupo, tratamento do material produzido e validação. O grupo de servidores, sobre o qual a pesquisa foi desenvolvida é o que se encontra mais exposto às mudanças que estão ocorrendo na Instituição, assumindo funções de maior visibilidade, risco e exposição. Há intensa mobilização psíquica entre os guardas, provocada pela peculiaridade do lugar que ocupam hoje na sociedade. Por um lado são pressionados pela população e pela gestão da Prefeitura Municipal de Porto Alegre para adotarem uma postura ativa na segurança urbana, por outro lado são premidos pela limitação legal de suas atribuições. O cotidiano do guardas municipais é marcado por imprevistos, por uma extensa jornada de trabalho, pela ausência do prescrito e percebido como um trabalho sem produção concreta. O sofrimento provocado pelo trabalho é amortecido e contrabalanceado pela cooperação mútua, reconhecimento advindo de uma atuação com maior visibilidade e pelo uso da inteligência astuciosa. O atual período da Guarda Municipal é efetivamente um tempo de transição, interfere diretamente na organização do trabalho, na subjetividade e na saúde mental de seus servidores. Para a promoção da saúde mental destes trabalhadores seria importante incrementar os espaços institucionais de reflexão e discussão sobre o papel do guarda municipal hoje na sociedade. |